Petroleiros se juntam a milhares de manifestantes em ato pela educação, no centro de Salvador

 

“A nossa luta unificou. É estudante junto com trabalhador”. Este foi um dos gritos de ordem mais entoados durante a manifestação em favor da educação e contra os cortes nos orçamentos das universidades e institutos públicos federais, que reuniu milhares de pessoas no centro de Salvador, na manhã dessa quinta-feira, 30 de maio.

Os manifestantes seguiram em passeata do Campo Grande à Praça Castro Alves. Eram milhares deles – estudantes, professores, servidores da UFBA, servidores do município e do estado, parlamentares, artistas, trabalhadores de diversas categorias, entre eles os petroleiros. Além de representantes de diversos sindicatos, centrais sindicais e até uma comunidade de pescadores e frades capuchinhos do Convento da Piedade.

O frei Cícero resumiu o motivo de tamanha diversidade em uma manifestação. “Essa é uma bandeira única. Estamos defendendo a educação, o saneamento básico, a qualidade de vida, a saúde, a aposentadoria. Enfim, estamos aqui defendendo a nossa pátria, o nosso país. O direito de viver”.

A categoria petroleira também ressaltou a defesa da pátria e da soberania nacional durante o ato. Com faixas e cartazes, os petroleiros lembraram que a “educação não é mercadoria” e que riquezas como o Pré-Sal devem ser investidas em educação e saúde. Organizados, os petroleiros, distribuíram adesivos e panfletos explicando a importância do Pré-Sal para a educação e chamaram a atenção por onde passavam, recebendo o apoio da população na luta contra a privatização da Petrobrás. Muitos trabalhadores da base compareceram à manifestação.

“Ver esse mar de gente ocupando as ruas em defesa da educação é um grande alento, mostra que há luz no fim do túnel e esperança de que, com luta, podemos sim salvar o futuro do nosso país. Por isso, muitos petroleiros compareceram à manifestação, inclusive para mostrar a importância da Petrobrás para a educação brasileira”, afirmou o diretor da FUP e do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar.

O coordenador do Sindipetro, Jairo, Batista, subiu ao carro de som e falou para a multidão que os petroleiros “não deixarão que a Petrobrás seja privatizada e não aceitarão a entrega do Pré-Sal, que foi conquistado a partir de uma decisão política do governo democrático e popular do presidente Lula, em 2006. Em 2010, conseguimos instituir o regime de partilha, garantindo que parte da riqueza oriunda do Pré–Sal seria destinada à educação e saúde. Não temos nenhuma dúvida de que defender uma educação de qualidade, defender o Pré-Sal, a Petrobrás e a soberania nacional é defender o Brasil”.

[Via Sindipetro Bahia]