Petroleiros se mobilizam contra o fim da Previdência e da Petrobrás

 

Nesta sexta-feira, 22, Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência, os petroleiros das bases da FUP se manifestaram em todo o país contra os ataques do governo Bolsonaro, que quer meter a mão na aposentadoria dos brasileiros, fazendo um ajuste fiscal às custas dos trabalhadores.

Outros ataques contra o povo brasileiro já estão em curso, como a Medida Provisória 873, editada durante o carnaval, cujo objetivo é asfixiar os sindicatos, que são as entidades que podem organizar e mobilizar os trabalhadores contra a retirada de direitos, as privatizações e demais ataques do governo Bolsonaro.

Os petroleiros são uma das categorias mais organizadas do país e, não foi por acaso, que os gestores do Sistema Petrobrás anunciaram a suspensão do desconto em folha das mensalidades sindicais no mesmo dia em que o presidente da empresa afirmou publicamente que a venda da estatal “foi sempre um sonho”.

Nos atos desta sexta-feira, os dirigentes da FUP enfatizaram que a luta contra o fim da Previdência Social está diretamente ligada à resistência aos ataques contra as organizações sindicais e as privatizações.

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#LutePelaSuaAposentadoria

O que o governo está propondo não é reforma e sim o fim da previdência pública. Bolsonaro quer tirar da Constituição o direito à aposentadoria e a outros benefícios de seguridade social. O trabalhador terá que depositar parte de seu salário em um fundo individual que será administrado por bancos privados. Nem o governo e nem os patrões serão obrigados a contribuir. Os bancos, que já devem fortunas ao INSS, ainda receberão parte do salário dos trabalhadores para administrar o fundo.

Os aposentados não terão a garantia de reajuste dos benefícios, como hoje é assegurado pela Constituição. E os que esperam se aposentar, terão que contribuir por 40 anos para poder garantir 100% do benefício.

Regime de capitalização levou chilenos ao suicídio

O regime de capitalização que o governo Bolsonaro quer aprovar ao acabar com a Previdência Social já fracassou em vários lugares do mundo. Pelo menos 18 países voltaram atrás e substituíram esse modelo. No Chile, o regime de capitalização, foi implantado em 1981, em plena ditadura militar, e o resultado é uma avalanche de suicídios entre os idosos que não conseguem sobreviver com os benefícios que recebem. Mais de 40% dos aposentados no Chile estão abaixo da linha de pobreza e 80% recebem benefícios de cerca de meio salário mínimo do país, o equivalente a R$ 694,00, que corresponde, em média, a 33% do salário quando estavam na ativa.

Acompanhe aqui a cobertura da CUT, minuto a minuto, dos atos pelo país