Na tarde desta segunda-feira, 17, cerca de 150 petroleiros e petroleiras da ativa, aposentados, aposentadas e pensionistas, participantes e assistidos dos Planos Petros do Sistema Petrobrás (PPSP-R e PPSP-NR), promoveram um protesto, em frente à sede administrativa da empresa, em Natal.
A manifestação teve por objetivo repudiar a intenção do Conselho Deliberativo da Petros de impor um novo plano de previdência, o chamado PP-3, na modalidade de Contribuição Definida, além de exigir o pagamento imediato das dívidas da patrocinadora com o Fundo de Pensão.
No Rio de Janeiro, também nesta segunda-feira, em frente à sede da Fundação, o protesto contou com a participação de cerca de 500 pessoas. Ao saber da manifestação, o presidente do Conselho Deliberativo transferiu o local da reunião, que seria na sede da Petros, para um hotel na zona sul da cidade.
Durante as manifestações, os participantes e assistidos do PPSP (repactuados e não repactuados) deixaram claro que não aceitarão um plano de Contribuição Definida e que intensificarão a luta em defesa dos seus direitos.
De forma uníssona, lideranças sindicais e dirigentes de entidades representativas dos participantes e assistidos também ressaltaram a importância da unidade na resistência contra o PP-3, alertando que o ataque é contra toda a categoria, inclusive os que estão no PP-2.
No início da noite, porém, chegou a notícia que todos temiam. De forma sorrateira, à revelia de participantes e assistidos, o Conselho Deliberativo da Fundação conseguiu impor a aprovação do Plano Petros-3 (PP-3).
A deliberação contou com os votos favoráveis dos três conselheiros indicados pela Petrobrás, os votos contrários dos três conselheiros eleitos pelos trabalhadores e o voto de qualidade (desempate) do presidente do Conselho Deliberativo, que é um dos indicados pela Petrobrás.
Com a decisão, o processo segue agora para deliberação do Conselho de Administração da Petrobrás e, em seguida, para a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e para a Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais (Sest).
[Via Sindipetro-RN]