Os trabalhadores da PetroReconcavo participaram na manhã de terça-feira (11) de um ato em protesto à morte do torrista, Lucian Nobre Santos, de 28 anos.
A manifestação, organizada pelo Sindipetro Bahia, aconteceu em frente à empresa, onde o empregado trabalhava há quase seis anos.
Lucian, um rapaz jovem, teve a vida interrompida, assim como milhares de outros trabalhadores terceirizados, que continuam sendo as maiores vitimas de acidentes de trabalho e, muitas vezes, atuam em ambientes precários, com direitos reduzidos.
Segundo o estudo “Terceirização e Desenvolvimento – uma conta que não fecha”, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), quatro em cada cinco acidentes de trabalho, inclusive os que resultam em mortes, envolvem funcionários terceirizados.
Na Bahia, Lucian é o terceiro trabalhador do setor que morre este ano em acidentes de trabalho. Segundo dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), de 2012 a 2017, foram registrados 4,26 milhões de acidentes de trabalho no país e 14.412 mortes. A cada 48 segundos um trabalhador sofre acidente.
O número é altíssimo e deve crescer nos anos seguintes, após a aprovação da reforma trabalhista, e tende a piorar com a legalização da terceirização da mão de obra em todas as atividades fins e a permissão da quarteirização.
Acidente
Lucian foi vitima de um acidente no dia 27 de agosto, quando realizava a limpeza do poço terrestre na sonda PR-02, próximo à Estação São Roque.
De acordo com testemunhas durante a movimentação da coluna de produção, o cabo de aço rompeu, provocando a queda da catarina (uma espécie de guindaste). A hipótese mais provável é que o trabalhador tenha sido atingido pelo cabo de aço rompido.
[Via Sindipetro Bahia]