O Sindipetro-NF tem denunciado em seus veículos de comunicação a precarização que a AMS – Assistência Médica Suplementar vem sofrendo por parte da Petrobrás, demonstrando total descaso com os beneficiários. Em diversas partes do país, a FUP já havia denunciado estão acontecendo problemas recorrentes de gestão e de operacionalização que precariza o benefício, comprometendo a qualidade do atendimento e deixando os usuários à própria sorte.
Na quinta, 6, os beneficiários de Campos foram surpreendidos com a notícia de que o Grupo IMNE decidiu suspender o atendimento para os usuários do plano de saúde da Petrobrás, por falta de pagamento por parte da empresa.
O Sindipetro-NF já entrou em contato com a Petrobrás e solicitou que o convênio com o Hospital Dr. Beda seja mantido, visto que é um dos hospitais de referência da cidade. Esse caso está sendo acompanhado pela direção sindical.
Veja matéria veiculada no Jornal Terceira Via de Campos:
Atendimento para usuários da Petrobrás é interrompido pelo Grupo IMNE
O Grupo IMNE decidiu suspender, em caráter extremo, o atendimento para os usuários do plano de saúde da Petrobrás, por tempo indeterminado, a partir das 18h desta quinta-feira (6). O motivo, segundo a diretora administrativa Martha Henriques, é a falta de pagamento por parte da Petrobras nos valores referentes aos serviços prestados.
“Estamos há meses tentando o diálogo, apresentando planilhas, mas a Petrobras não nos deu uma solução.Todo o processo de pagamento que antes era feito pela Petrobras foi terceirizado e, por isso, estamos há meses tendo dificuldades em receber. A atitude da gestão da Petrobras/SP é de uma irresponsabilidade imensurável. Eles sempre dão uma desculpa para não pagar o valor integral, além de sempre pagar em atraso”, informou a diretora.
A gestão da Petrobras passou a ser feita em São Paulo, por firma terceirizada, cujo objetivo é mostrar resultados financeiros, sem se importar com a saúde dos usuários que necessitam das unidades médico-hospitalares do Grupo IMNE, sendo, no entanto, renegados no atendimento. Pelo respeito aos usuários da Petrobras, o Grupo IMNE irá manter os atendimentos emergenciais e os pacientes internados em qualquer das unidades do Grupo continuarão recebendo atendimento – bem como os que estão em tratamento ambulatorial. Pacientes das áreas de oncologia e nefrologia também não sofrerão com a interrupção do tratamento.
Ainda segundo Martha Henriques, inúmeras tentativas de negociação foram feitas em vão. “Nós havíamos comunicado que, se isso persistisse, nós não íamos aguentar. Só que eles ficaram de resolver e não resolveram. Chegamos a um ponto que não temos mais como suportar essa situação”, afirmou.
Apesar da interrupção na prestação do serviço, o Grupo IMNE optou por manter os serviços de emergência e também os atendimentos para os pacientes que estão em algum tipo de tratamento. Atualmente, o atendimento é prestado para pacientes de Campos, Macaé e também do Espírito Santo.
A expectativa é que a estatal entre em contato com a direção do Grupo IMNE para resolver as pendências e, consequentemente, todo o serviço prestado seja restabelecido.
“Já mandamos todas as planilhas atualizadas e agora aguardamos o retorno da Petrobras para que possamos chegar a um denominador comum. Temos serviços e fornecedores a pagar e queremos poder voltar a prestar o serviço integral para todos os usuários”, informou.