Até esta sexta-feira (17), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia contabilizado 27.299 pedidos de registro de candidaturas. Destes, 8.067 candidatos disputam as 513 vagas de deputado federal, 341 concorrem às 54 cadeiras do Senado e 17.785 brigam por vagas nas Assembleias Legislativas dos estados e do Distrito Federal.
Ao todo, 13 candidatos disputam a Presidência da República e 197 registraram candidaturas para o governo dos estados.
São 35 legendas partidárias concorrendo aos oito cargos dos poderes legislativo e executivo que estão em disputa nas eleições de outubro. O PSL, do candidato a presidente Jair Bolsonaro, foi o partido que apresentou até agora o maior número de candidatos (1.259), seguido do Psol (1.201), do PT (1.075) e do MDB (1.009).
Das candidaturas registradas, apenas 30,6% são de mulheres.
Eventuais impugnações de candidaturas serão analisadas pelo TSE até 17 de setembro, prazo para as coligações substituírem seus candidatos a tempo do nome e foto aparecer na urna eletrônica no dia 7 de outubro, data do primeiro turno.
Candidatura de Lula é legítima
Com o respaldo de cerca de 50 mil pessoas que ocuparam Brasília na última quarta-feira (15), a coligação “’O Povo Feliz de Novo” registrou a candidatura de de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência do Brasil, tendo como vice Fernando Haddad. A coligação reúne PT, PCdoB e PROS.
Preso político desde 07 de abril na sede da Polícia Federal, em Curitiba, o ex-presidente lidera todas as pesquisas eleitorais. A última consulta feita pelo Vox Populi, entre os dias 18 e 20 de julho, revela que as intenções de voto em Lula aumentaram para 41% contra 39% registrado em maio. Já a soma de todos os outros adversários alcançou 29%.
Em carta aos brasileiros, Lula afirmou que sua candidatura não é um pedido de favor e sim questão de justiça. “Quero apenas que os direitos que vem sendo reconhecidos pelos tribunais em favor de centenas de outros candidatos há anos também sejam reconhecidos para mim”, declarou.
O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) determinou nesta sexta-feira (17) que o Estado brasileiro “tome todas as medidas necessárias” para garantir os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato, incluindo o acesso à imprensa.
Plenária da FUP aprovou apoio a Lula e aos candidatos petroleiros
A VII Plenária Nacional da FUP, realizada entre os dias 01 e 05 de agosto, no Rio de Janeiro, deliberou pelo apoio às candidaturas de petroleiros nas eleições de outubro e apontou que uma das lutas centrais da categoria é a eleição de Lula e de um congresso representativo dos trabalhadores. A Plenafup aprovou como fundamental para as lutas em defesa do Sistema Petrobrás e do Pré-Sal a eleição do coordenador licenciado da FUP, José Maria Rangel, que disputa a vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro, através do PT.
Foi também deliberado o apoio aos demais candidatos petroleiros filiados aos sindicatos da FUP, que concorrem ao Congresso Nacional e às assembleias legislativas estaduais. O Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras aprovou o apoio a Náustria de Albuquerque, trabalhadora da BR Distribuidora, candidata a deputada estadual no Rio de Janeiro pelo PT. Ela é a única mulher petroleira do campo da FUP a disputar uma candidatura nas eleições de outubro.
“Nós demos um passo importante ao reafirmar que Lula é nosso candidato, daremos um passo mais importante que é reeleger Lula e depois disso teremos uma missão que é fazer Lula governar porque as forças da direita não querem Lula candidato”, afirmou o coordenador em exercício da FUP, Simão Zanardi Filho, ressaltando que para reverter o desmonte promovido pelos golpistas é fundamental aumentar a representação dos trabalhadores no Congresso Nacional.
Durante sua participação na VII Plenafup, José Maria Rangel destacou que nestas eleições o povo brasileiro está diante de dois projetos políticos radicalmente opostos. “Ou será a civilização ou será a barbárie. Porque o que está aí, sem referendo do voto popular, retirando direitos da classe trabalhadora, aumentando a miséria e a fome, entregando o nosso patrimônio público, imagine o que esses caras podem fazer se eles forem legitimados pelo voto, nessas eleições? Eles vão acabar de entregar o nosso país”, afirmou, ressaltando que os petroleiros são decisivos nesta disputa.
[FUP]