Na tentativa de intimidar a organização sindical petroleira e a categoria, a gestão da Petrobrás, está aplicando, arbitrariamente, advertências e suspensões contra os trabalhadores que participaram da recente greve de advertência, pela redução dos preços dos combustíveis e contra o desmonte da empresa. É mais uma ação antissindical que a FUP denunciará, como já está fazendo em relação às multas de R$ 10 milhões impostas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que atendeu à liminar da Petrobrás para reprimir a greve legítima da categoria.
Antes mesmo do início do movimento, no dia 29 maio, a ministra do TST, Maria de Assis Calsing, declarou a abusividade da greve, impondo multas diárias às entidades sindicais de R$ 500 mil que foram majoradas no dia seguinte para R$ 2 milhões. O fato foi denunciado pela FUP e pela CUT nesta sexta-feira (08/06) ao Comitê de Liberdade Sindical da Organização Internacional do Trabalho (OIT) como cerceamento do direito dos trabalhadores ao exercício legal da greve.
As atuais advertências e suspensões sofridas arbitrariamente pelos petroleiros que participaram do movimento reforçam ainda mais a atitude antissindical da atual gestão da Petrobrás. Além de punir ilegalmente os trabalhadores, as gerências têm recorrido a várias outras arbitrariedades, como proibir o acesso de dirigentes sindicais às unidades da empresa e tentar coagir os petroleiros a denunciarem os companheiros que participaram da greve, o que se configura assédio moral.
A FUP repudia veementemente essas ações tipicamente antissindicais, que desnudam o autoritarismo dos gestores da Petrobrás, evidenciando a falta de preparo para lidar com situações de divergências e conflitos. Na próxima semana, a FUP e seus sindicatos estarão reunidos para discutir e apontar ações políticas e estratégias jurídicas, buscando reverter as punições ilegais impostas pela empresa. Que fique claro para os gestores que não nos calarão. A categoria segue mobilizada na construção da greve por tempo indeterminado.
[FUP]