A partir de agora a categoria petroleira estará totalmente voltada para a luta contra a privatização do Sistema Petrobrás e em defesa da democracia. A decisão foi tomada durante o 7º Congresso d@s Petroleir@s da Bahia, que aconteceu no Hotel Fiesta, em Salvador de 18 a 20/05.
O congresso, instância máxima de decisão da categoria, foi palco de discussões políticas e análises da atual conjuntura nacional e internacional e teve palestra do jornalista e editor do blog “Conversa Afiada” sobre o golpe de 2016. Foram inscritos 230 associados, sendo que destes 188 compareceram ao congresso e foram credenciados. Do total, mais de 20% foram de mulheres.
A abertura do congresso contou com a presença de representantes da FUP, CUT, PT, PCdoB, Levante Popular da Juventude e de diversos sindicatos e movimentos sociais, além de parlamentares e representantes de órgãos estaduais.
Devido ao intenso debate nos três dias do evento, as teses inscritas pela categoria não puderam ser discutidas. O plenário decidiu que será convocada uma AGE para o dia 28 de maio, segunda-feira, onde discutirão as teses inscritas.
Aconteceram duas AGE´s durante o congresso, uma reajustou a mensalidade sindical da categoria para 1% e a outra tratou sobre a mudança no estatuto do sindicato. Nessa última, foi aprovadas uma revisão parcial do estatuto. Outros pontos ficaram pendentes sendo remetidos para o congresso da categoria de 2019.
Protagonistas da história
Os petroleiros e as petroleiras saem do congresso com uma grande responsabilidade de, mais uma vez, serem protagonistas da história deflagrando uma greve contra a privatização do Sistema Petrobrás e em defesa da democracia.
Ficou claro que há uma grande expectativa da sociedade para que a categoria assuma esse papel de liderança, o que foi externado na fala do ex-governador Jaques Wagner, para quem “a categoria petroleira sempre foi bastião da liberdade e da defesa dos interesses nacionais”.
Para a senadora Lídice da Mata “diante da grande ameaça de privatização e entrega da Petrobrás ao capital internacional, mais uma vez, o Brasil vai precisar do Sindipetro e dos petroleiros brasileiros, unidos em sua defesa”. O diretor do Sindipetro Bahia, André Araújo, ressaltou que o congresso foi um fórum importante para que “possamos, a partir dele, traçar as diretrizes e encampar essa luta em defesa da Petrobrás”.
As análises de conjuntura sobre o “processo de desindustrialização e privatização do Sistema Petrobrás” e sobre “as eleições de 2018 como instrumento para o retorno da democracia e soberania no Brasil” feitas por economistas, jornalistas e representantes de movimentos sociais deixaram claro a importância da Petrobras para a Bahia e o Brasil e vão servir de subsídio para fortalecer a luta em defesa da estatal.
Volta da democracia e Lula livre
Os petroleiros e as petroleiras reafirmaram também o compromisso de defender a democracia e lutar contra a prisão política do ex-presidente Lula. Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “não há como separar uma luta da outra, pois é a política que define o futuro da Petrobrás. Lula é o líder em todas as pesquisas, é quem tem condições plenas de fazer com que todas essas decisões que foram tomadas até então pelo governo golpista sejam reformuladas ou revogadas, inclusive as privatizações que estão sendo realizadas hoje”.
A fala do diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, resumiu o sentimento da categoria. Para ele “a Petrobrás está diretamente associada à soberania nacional, aos interesses desse país, às futuras gerações. Não se trata de defender apenas os interesses dos petroleiros, nós estamos defendendo o interesse de mais de 200 milhões de brasileiros”.
No site do Sindipetro você encontra a cobertura completa do 7º Congresso d@s Petroleir@s da Bahia.
Via Sindipetro Bahia