No rastro do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL/RJ), um novo crime contra militantes de esquerda choca e revolta os movimentos sociais do Rio de Janeiro. Cinco jovens, entre 16 e 20 anos, foram barbaramente executados no domingo (25), na cidade de Maricá, quando voltavam de uma festa organizada pelo movimento estudantil da cidade. O crime ocorreu no condomínio residencial Carlos Mariguela, do programa Minha Casa, Minha Vida, no distrito de Itaipuaçu. Dois dos jovens assassinados atuavam na União da Juventude Socialista (UJS), organização sempre presente nas lutas em defesa da democracia e da soberania nacional.
Para a FUP e vários outros movimentos sociais que enfrentam o golpe que mergulhou o nosso país no caos social e institucional, a execução desses cinco jovens não está desassociada à barbárie de uma sociedade que tenta intimidar os que se levantam contra os opressores. Crimes como este são típicos de um Estado de Exceção, onde o ódio de classe é estimulado pela mídia e por setores da direita, na tentativa de calar os que lutam por justiça social.
Um país em que juízes condenam sem provas e uma parcela significativa da sociedade criminaliza os que defendem direitos humanos caminha a passos largos para o fascismo. Nossa resposta não pode outra, se não a resistência e o fortalecimento das mobilizações de base pela reconstrução de um projeto político popular e democrático que devolva ao povo brasileiro a esperança de que podemos ser de fato um dia um país livre e soberano.
Rio de Janeiro, 27 de março de 2018
Federação Única dos Petroleiros – FUP