Em ato protesto contra o fechamento e privatização das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN´s), mais um desmonte do Sistema Petrobrás que a gestão Pedro Parente impõe ao povo brasileiro, a Federação Ùnica dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos realizaram uma série de atos e audiências públicas, denunciando os impactos dessa medida durante. As manifestações ocorreram na semana em que as multinacionais Yara, da Noruega, e Acron, da Rússia, entregariam suas propostas para compra das Fafen`s PR e MS.
Em Pernambuco, o ato de protesto foi realizado nesta sexta-feira, 23,no Complexo Portuário de Suape, em Ipojuca, sob a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores Petroleiros de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro PE/PE), que denunciou os prejuízos que o país e o povo brasileiro vão enfrentar, com o desmonte da indústria nacional de fertilizantes nitrogenados, em função da decisão temerária de Pedro Parente de colocar em hibernação as FAFEN´s da Bahia e de Sergipe, e privatizar as unidades do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
O diretor do Sindipetro PE/PB, Luiz Lourenzon, ressaltou que vários setores organizados da opinião pública estão se manifestando contra a decisão temerária e descabida da gestão Pedro Parente, no comando da Petrobrás, de abandonar o segmento de fertilizantes nitrogenados. Ele mencionou o manifesto da Abiquim (Associação Brasileira das Indústrias Químicas). “Inúmeras indústrias químicas correm o risco de parar suas atividades, pois não terão mais os insumos produzidos pelas Fafen`s”, explicou.
Desmonte vinha sendo denunciado pela FUP
O desmonte do setor de fertilizantes já vem sendo denunciado pela FUP há mais de um ano. Em setembro de 2017, o Sindiquímica Paraná alertou o Ministério Público para a intenção de Pedro Parente e do governo Temer de entregarem a Fafen-PR por R$ 0,00, já que os impairments apresentados nos balanços contábeis da Petrobrás desvalorizaram em R$ 800 milhões a unidade. Menos de dez dias após a denúncia, os gestores da empresa anunciaram a privatização da Fafen-PR e da Fafen-MS.
Em novembro, a FUP e seus sindicatos chegaram a ocupar a fábrica de Araucária para denunciar o sucateamento da unidade, que está sendo desmobilizada desde o anúncio da entrega. A fábrica era a maior produtora mundial de ARLA-32, um catalizador para redução de emissão de gases tóxicos para motores a diesel. A unidade de Araucária tem capacidade de produzir anualmente 700 mil toneladas de ureia e 475 mil toneladas de amônia e mais de 100 mil toneladas de ARLA-32. A FUP também ingressou com uma Ação Civil Pública na 42ª Vara Civil do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, contestando a lisura e legitimidade da venda da unidade.
[Via CUT/PE]