Autoridades participam de lançamento do Comitê de Solidariedade a Lula

Lutar contra os ataques à democracia, à perseguição a Lula e as injustiças foi o tom dos discursos que autoridades nacionais e internacionais fizeram hoje, durante o lançamento do Comitê Internacional de Solidariedade a Lula e à Democracia, na Tenda da CUT, durante o Fórum Social Mundial, nesta quinta-feira (15).

Presente à cerimônia, a ex-presidenta Dilma Rousseff defendeu o direito de Lula ser candidato e fez críticas a parte do judiciário. “Todos são iguais perante a lei. Aqui no Brasil, não. E isto está cada vez mais claro com a politização aberta de segmentos do judiciário. A regra no Brasil é quem passa com mala pra lá e pra cá, fica livre. Quem tem conta no exterior, fica livre”, disse.

Dilma defendeu que é preciso lutar para que o golpe não se concretize com a condenação de Lula e a retirada dele do processo eleitoral. Para ela, o PT é uma das forças mais consistentes nesse combate. “Não é a única, mas é a mais forte, temível e consistente”.

Por fim, a ex-presidenta agradeceu o apoio internacional de partidos, sindicatos e movimentos sociais. “Espero que continuem solidários conosco, que é muito importante para nós”.

O Comitê será coordenado pelo ex-ministro Celso Amorim e não terá local fixo. A ideia é criar condições para que as diversas iniciativas de defesa do Brasil e de Lula possam se comunicar e conversar em seus respectivos países. A estratégia dos organizadores é fortalecer este manifesto, para que ele seja um documento aglutinador de defesa da democracia brasileira e um alerta ao mundo.

A presidenta do PT Gleisi Hoffmann agradeceu o apoio internacional ao PT e a Lula. Segundo ela, prender Lula é um ultraje, um acinte à democracia. “Prender o Lula é humilhar o povo brasileiro. O PT vai lutar com todas as suas forças pra resistir à essa situação e o apoio internacional é fundamental”.

Gleise também alertou que é preciso colocar aos olhos do mundo as injustiças, as perseguições e a trágica morte da vereadora Marielle. “Isto demonstra a intolerância por que passa a sociedade brasileira.”

O coordenador do Comitê, ex-ministro Celso Amorim, disse que no ato de defesa à democracia, não poderia deixar de mencionara execução da Marielle, brutalmente mortaem circunstâncias que precisam ser apuradas. “Precisamos saber se essa intervenção no Rio de Janeiro é para realmente defender o povo”, delcarou.

[Via CUT]

Apoios

O Comitê Internacional tem entre seus membros as seguintes entidades:
Central Única dos Trabalhadores (CUT); Confederação Sindical Internacional (CSI); Confederação Sindical das Américas (CSA); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPA); Central de Movimentos Populares (CMP); Conselho Mundial da Paz (CMP); Fundação Mauricio Grabois (FMG); Fundação Perseu Abramo (FPA); Internacional dos Serviços Públicos (ISP); Intersindical; Instituto Lula (IL); Levante Popular da Juventude; Marcha Mundial de Mulheres (MMM); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST); Partido Comunista do Brasil (PCdoB); União Brasileira de Mulheres (UBM); União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES); União da Juventude Socialista (UJS); União Nacional dos Estudantes (UNE); Partido dos Trabalhadores (PT); além do cientista político Gonzalo Berron e o ex- ministro dos Direitos Humanos do Brasil e membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi.

Apoios internacionais recebidos:
Central de Trabajadores Argentinos – Autônoma (CTA – A); Central de Trabajadores Argentinos (CTA – T); Adolfo Perez Esquivel (Prêmio Nobel da Paz 1980); Victor de Genaro (Presidente do Partido Unidad Popular); Hassan Yusuff (Presidente do CanadianLabourCongress – CLC), Canadá; Leo Gerard (Presidente do United Steel Workers – USW), dos Estados Unidos, Partido Comunista Português (PCP) e Partido Comunista da Venezuela (PCV); da Eurodeputada do PC Francês e do Partido da Esquerda Europeia Marie – Pierre Vieu.

Até agora foram formados os seguintes comitês no exterior:
Buenos Aires e Missiones, na Argentina, e Bruxelas, na Bélgica. E outros comitês em formação até o momento estão em Washington (EUA), e Genebra, na Suíça.