Dois mil trabalhadores do complexo petroquímico de Araucária pararam por mais de duas horas, em um ato unificado na manhã desta segunda-feira, 19, contra o desmonte da Previdência. A mobilização teve início às seis horas na frente da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), com a presença de três categorias: petroleiros, petroquímicos e terceirizados, que paralisaram atividades em protesto contra as reformas do governo golpista de Michel Temer.
“A aposentadoria de um juiz de R$ 30 mil não incomoda eles, o que incomoda é a aposentadoria da dona Maria, de R$ 900 reais. Isso não é uma reforma, é o fim da aposentadoria. Graças à população brasileira, essa reforma não foi votada ainda”, afirma Roni Barbosa, trabalhador petroleiro e dirigente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasil).
Categorias expressaram solidariedade, caso dos professores municipais de Araucária.
Paulo Antunes, trabalhador petroquímico da Fafen Fertilizantes, localizada ao lado da Repar, aponta que sindicatos e população devem seguir se mobilizando. “Por todos aqueles que perderam a vida em local de trabalho, temos que dizer que nós somos solidários, somos contrários a essa reforma dos ricos”, diz.
Para Sérgio Monteiro, dirigente do Sindiquimica-PR Petroquímicos do Paraná, sindicato dos trabalhadores da Fafen, explica que o atual debate e risco de votação às pressas da reforma na Câmara permite debater com os mais jovens.
“70 por cento da nossa base dos trabalhadores são jovens, que não estavam percebendo a questão. Agora, com a votação, fica aberto o debate, porque há o risco de fim da aposentadoria”, aponta.
Com informações do Brasil de Fato/PR