Com o Rio de Janeiro abandonado pelos governantes e o povo entregue à própria sorte, o PMDB apelou para as forças armadas, na tentativa desesperada de tentar garantir a segurança da população. Nesta sexta-feira, 16, o presidente ilegítimo Michel Temer, com o aval do governador Luís Fernando Pezão, decretou intervenção federal na segurança pública do estado e entregará o comando das polícias civil e militar ao general do Comando Militar do Leste.
Os movimentos sociais criticaram e condenaram a decisão, que poderá acirrar ainda mais a violência no Rio de Janeiro, em um momento de grave crise social e econômica. As populações pobres e mais vulneráveis, que já são vítimas diárias da violência policial, serão as mais afetadas.
Para a FUP, não é através do militarismo que se resolverá o problema de insegurança no Rio de Janeiro, que é consequência direta do fosso de desigualdades sociais, ampliado pelo desemprego em massa, pelas reformas neoliberais do desgoverno Temer, pelas privatizações e cortes dos investimentos no estado. “Será que eles não aprenderam que crises são resolvidas com oportunidades, gerando empregos para o nosso povo?”, questiona o coordenador da FUP, José Maria Rangel.
“Temos que reativar a indústria de óleo e gás, a indústria naval, o setor de construção civil e da habitação. Temos que renegociar a dívida do estado para poder gerar emprego para o nosso povo, a arrecadação crescer, o comércio poder vender, as indústrias voltarem a operar normalmente. Não é com intervenção militar que vamos resolver essa crise. Isso vai criar um caos ainda maior no Rio de Janeiro”, afirma José Maria Rangel.
O coordenador da FUP chama à responsabilidade os parlamentares do estado. “Onde estão aqueles deputados que votaram pela família, pela moralidade, vendendo uma ilusão para o nosso povo, dizendo que a vida iria melhorar com a retirada da presidenta Dilma? Eles têm que vir a público dizer por que que a vida piorou e muito após o impeachment”, declara o petroleiro.
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