Em uma paralisação nacional nos estados da Bahia e Espirito santo, que aconteceu na manhã desta quinta-feira, 07/12, com atraso de três horas na entrada do expediente, os trabalhadores da Perbrás reafirmaram que não haverá fechamento de acordo sem avanço.
Na Bahia, foram paralisadas as sondas e os serviços de monitoramento das áreas de Santiago, Buracica e Taquipe, tendo à frente os diretores Gilson Sampaio (Morotó), João Marcos, Jorge Mota, Ariosvaldo dos Santos (Ari), Matos Júnior, Eliú Evangelista, Climério Reis (Mero), Antônio Vieira e George Arleo. No Espírito Santo, em São Mateus, onde havia representantes da FUP, dos Sindipetros da Bahia, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Norte Fluminense, três SPT`s deixaram de funcionar durante o protesto.
A categoria já decidiu que não aceitará o 1% de reajuste salarial oferecido pela Perbrás, que está abaixo da inflação do período. A empresa também não quer reajustar o ticket alimentação. Para o diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, “a direção da Perbrás está querendo fazer um “cabo de guerra” com a FUP, os sindicatos e a categoria, mas não vai conseguir vencer, pois existe um sentimento de crescente união e mobilização entre os trabalhadores e não há nenhuma possibilidade que fechemos o ACT no patamar apresentado pela empresa”.
O diretor do Sindipetro Adson Brito, que juntamente com Radiovaldo, participou da paralisação no Espirito Santo, lembra a reivindicação dos cerca de 1.500 trabalhadores que é a reposição da inflação do período, mais ganho real de 3% e reajuste nos tickets alimentação e refeição no mesmo percentual do salário.
Os representantes da FUP deixaram claro que há outra condição importante para que o ACT seja fechado, que é a Perbrás voltar a reconhecer o Sindipetro NF como representante dos trabalhadores em Macaé.
Assistência médica
Durante as paralisações, tanto na Bahia como nono Espirito Santo, a FUP e Sindipetros receberam inúmeras reclamações a respeito da mudança feita pela Perbrás no plano de saúde da categoria. O problema é que devido à desorganização e falta de transparência da empresa, os trabalhadores e seus familiares não estão sendo atendidos nas clinicas e hospitais. A Perbrás, sem consultar a FUP e os trabalhadores, trocou a assistência médica da UNIMED para a AMIL. Resultado: a UNIMED não atende mais porque o contrato foi cancelado e a AMIL não consegue atender devido aos problemas burocráticos, frutos de uma transição mal feita que não garante atendimento imediato. A FUP já está tomando as providências para resolver o problema.
Fonte: Sindipetro-BA