Parente faz gás de cozinha subir mais de 67% em quatro meses

Com o novo reajuste de 8,9% no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), que passa a vigorar nesta terça-feira, 05, o valor do botijão de gás de cozinha de 13 kg já beira a marca dos R$ 80,00. É o sexto aumento seguido, desde agosto, quando a atual direção da Petrobrás implementou uma nova política de preços para o produto nas refinarias.
O reajuste acumulado do botijão de gás já chega a 67,8%, transformando o produto em artigo de luxo.

Ao alinhar os preços domésticos com os do mercado internacional, sem levar em conta a realidade dos brasileiros, a gestão Pedro Parente passou a beneficiar as distribuidoras, em detrimento do consumidor, como a FUP vem denunciando.

No caso do GPL, a mudança ocorreu no rastro da privatização da Liquigás. A subsidiária foi vendida por R$ 2,8 bilhões para o Grupo Ultrapar Participações, dono da Ultragaz, que passará a ter o controle de 50% do mercado de gás de cozinha no país

A venda da Liquigás está em disputa no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que  emitiu parecer contrário à venda da subsidiária.

“O presidente Lula trouxe a Liquigás para o sistema Petrobras para tentar regular o preço do gás no país, mas a atual administração chegou, passou o ferro e vendeu. Os reajustes são baseados no preço do petróleo internacional e isso já está causando prejuízo grande para a população carente, principalmente”, afirmou recentemente o coordenador da FUP, José Maria Rangel, em entrevista à Rede Brasil Atual.

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