A FUP é uma das entidades que estará presente na quinta-feira, 09, ao ato em Volta Redonda que relembrará a histórica greve dos metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional em 1988 pela implantação do turno de seis horas, entre outros direitos que haviam sido conquistados na então recém promulgada Constituição. O movimento foi violentamente reprimido pelo Exército no dia 09 de novembro, a mando do então presidente José Sarney, que autorizou a invasão da fábrica. O conflito resultou na morte de três jovens operários e em centenas de feridos. Cerca de 18 mil metalúrgicos participaram da greve, que durou 17 dias.
Vinte e oito anos depois, os operários da CSN enfrentam uma nova luta em defesa do turno de seis horas, que vem sendo alvo de ataques por parte dos gestores da empresa. A companhia está implantando goela abaixo dos trabalhadores o turno fixo de oito horas, que foi amplamente rejeitado pela categoria.
Segundo levantamento dos sindicatos que lutam contra a arbitrariedade da empresa, o fim do turno de seis horas significará a redução de mil postos de trabalho diretos e 2.500, indiretos. A FUP e seus sindicatos repudiam mais esse ataque ao regime e jornada de trabalho, que ocorre às vésperas da implantação da contrarreforma trabalhista. Toda solidariedade aos metalúrgicos da CSN.