Foi lançada nesta quarta-feira, 18, em Recife, a Frente Ampla em Defesa da Petrobrás, uma iniciativa dos sindicatos de petroleiros do Nordeste e do Espírito Santo, regiões do país que estão sendo altamente impactadas pela venda de ativos da estatal e o fechamento de unidades.
Durante o lançamento da Frente, foram debatidas diversas ações para se contrapor ao desmonte do Sistema Petrobrás e intensificar a luta em defesa da soberania nacional, através da retomada dos investimentos da estatal, para que volte a ser uma empresa focada no desenvolvimento do país. A FUP e a CNQ participaram do evento, assim como representantes de movimentos sociais, parlamentares e gestores públicos de municípios e estados do Nordeste, com o objetivo de construir uma grande frente de luta contra a privatização da Petrobrás e pelo fortalecimento das atividades de exploração e produção de petróleo na região.
Entusiasta do movimento, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) já revelou disposição de organizar uma Audiência Pública no Senado, com o propósito de debater os impactos econômicos e sociais da retração de investimentos da Petrobrás nos estados nordestinos. Desde que assumiu a presidência da empresa, Pedro Parente tem imposto uma agenda regressiva, caracterizada pelo abandono dos campos terrestres e pela tentativa de venda desses ativos.
“A Petrobrás está deixando de ser um instrumento estratégico do Estado brasileiro para indução do desenvolvimento e se transformando numa mera produtora e exportadora de óleo cru, extraído do pré-sal, sem qualquer preocupação com a atenuação das desigualdades regionais ou mesmo com os impactos econômicos e sociais locais, decorrentes da mudança de foco de sua atuação”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador do Sindipetro-BA, um dos sindicatos que integram a Frente Ampla em Defesa da Petrobrás.