Repar (PR)
Os trabalhadores das refinarias seguem mobilizados denunciando os acidentes e riscos de vida em função do desmonte promovido pela gestão Pedro Parente. Nesta segunda-feira, 10, dia em que a FUP reúne-se com a Petrobrás para cobrar o cumprimento das cláusulas de SMS e de efetivos do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), os petroleiros realizaram uma série de manifestações nas unidades, com atrasos, operações padrão e suspensão de Permissões de Trabalho (PTs).
Abreu e Lima (PE)
O Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida é mais uma forma de pressão para que a Petrobrás suspenda definitivamente as reduções de efetivos que impôs arbitrariamente nas refinarias, sem discussão com os sindicatos, e cujo objetivo é cortar até 25% dos postos de trabalho. Essa medida, além de descumprir o ACT, também viola a NR-20, que, desde a sua implantação, em 2012, vem sendo negligenciada pelas gerências, que até hoje sequer discutiram com a FUP e seus sindicatos critérios e parâmetros para dimensionamento de efetivos, como determina a Norma Regulamentadora.
Rlam (BA)
Retomada da greve
Refap (RS)
Para barrar o desmonte das refinarias, os petroleiros entraram em greve no dia 30 de junho. O movimento foi interrompido no dia 03, após os trabalhadores conquistarem liminares que obrigaram a Petrobrás a suspender as reduções de efetivos. Em algumas refinarias, como a Rlam (BA), a Abreu e Lima (PE) e a Regap (MG), a paralisação ainda prosseguiu nos dias seguintes.
Recap (SP)
Cada base está discutindo um calendário próprio de mobilizações, em resposta às medidas locais dos gestores, que utilizam estratégias diferenciadas de ataques em cada refinaria. No Paraná, por exemplo, os petroleiros da Repar e da SIX retomaram a greve no sábado, 08, com avaliações diárias. Na SIX, a categoria aprovou suspender o movimento no dia seguinte, já na Repar, a decisão foi pela continuidade da paralisação. No Rio Grande do Sul, os trabalhadores da Refap também aprovaram nesta segunda, 10, novos cortes na rendição dos turnos.
Replan (SP)
A orientação da FUP é que os sindicatos intensifiquem as mobilizações em todas as refinarias, orientando os trabalhadores a fazerem uso do direito de recusa em situações de risco, e também envolvendo as comunidades vizinhas, através de audiências públicas, denunciando os impactos que tanto o desmonte das unidades, quanto os cortes de postos de trabalho têm na segurança. As populações que vivem no entorno estão cada vez mais expostas aos riscos de uma grande tragédia anunciada e precisam participar deste debate.
Reduc (RJ)
Fafen-PR
Nesta segunda, 10, a FUP reúne-se com os gestores de SMS da Petrobrás para exigir o cumprimento do ACT e da NR-20. No dia 21, o Conselho Deliberativo da FUP volta a se reunir para discutir os desdobramentos da reunião com a empresa e das ações jurídicas e, assim, avaliar a retomada da greve.
FUP