Desde que assumiu a presidência da Petrobrás pelas mãos de um governo corrupto e golpista, Pedro Parente já cortou cerca de 55 mil postos de trabalho. Mais de 40 mil trabalhadores terceirizados foram demitidos e outros 13.270 empregados próprios deixaram a companhia, através de planos de desligamentos. Os setores que dependem diretamente dos investimentos da Petrobrás, como a indústria naval e de equipamentos, também amargam demissões em massa. Só os estaleiros já demitiram mais de 50 mil trabalhadores diretos.
Em reportagem publicada quarta-feira, 31 de maio, o jornal Valor Econômico destaca que nos últimos três anos, quase 200 mil empregos foram extintos pela estatal. “Ao fim de 2016, segundo dados publicados no formulário de referência da estatal, 186,3 mil pessoas trabalhavam no sistema Petrobras, o que representa uma redução de 50 mil trabalhadores em relação ao ano anterior”, revela o jornal.
O Formulário de Referência é um documento que as empresas com ações na Bolsa de Valores disponibiliza para a Comissão de Valores Mobiliários, atualizando anualmente informações sobre atividades, fatores de risco, administração, estrutura de capital, dados financeiros, valores mobiliários emitidos e operações efetuadas, entre outras.
“A queda foi puxada, sobretudo, pelos programas de incentivo ao desligamento voluntário (PIDVs) de 2014 e 2016 e, no caso de terceirizados, pela redução do número de contratos com fornecedores, diante da queda dos volumes de investimentos da petroleira nos últimos anos. A maior parte dos cortes ocorreu entre os terceirizados: foram demitidos, ao todo, 40 mil deles só no ano passado. Desde 31 de dezembro de 2013, o número caiu 60%, de 297 mil para 117 mil trabalhadores. (…) As informações todas constam do formulário de referência divulgado esta semana pela empresa. No documento divulgado ao mercado, a Petrobras admite, na avaliação de riscos, que pode enfrentar dificuldades para, no futuro, repor as perdas de funcionários inscritos nos PIDVs. A empresa cita uma possível ‘escassez de pessoal especializado’.”
“Não há garantia que a companhia será capaz de treinar, qualificar ou reter adequadamente o pessoal de gestão sênior, nem que conseguirá encontrar novos gerentes qualificados, caso haja necessidade. Isto poderá afetar negativamente os resultados operacionais e os negócios da companhia”, cita a Petrobrás, no Formulário de Referência de 2016.