Nesta terça-feira, 31 de janeiro, a FUP e o Sindipetro Duque de Caxias realizam um grande ato público na Reduc, em memória do técnico de operação Luis Augusto Cabral, que há um ano perdeu a vida em um acidente causado pela irresponsabilidade e negligência dos gestores da Petrobrás. No dia 31 de janeiro de 2016, ao fazer a medição de um tanque na refinaria, ele caiu dentro do reservatório que continha óleo a uma temperatura de 75 graus. O teto do tanque estava totalmente corroído por ferrugem e cedeu quando operador realizava o procedimento.
Nascido e criado no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Cabral tinha apenas 56 anos de idade e não descuidava da saúde. Além de fazer natação, era vegetariano e gostava de jogar uma pelada com os amigos. Também era muito ligado à família. Tinha um filho de 21 anos e ajudava a cuidar dos pais idosos, dos quais era vizinho.
Com 21 anos de empresa, ele era um profissional experiente, referência no setor de transferência e estocagem da Reduc, mas não teve sequer a chance de reagir, quando o teto do tanque rompeu.
No último dia 25, a FUP e o Sindipetro Caxias apresentaram ao Ministério Público do Rio de Janeiro os relatórios das diversas comissões que investigaram o acidente e esperam que o fato seja apurado como um crime, pois colocar vidas em riscos não é acidente e sim assassinato.
Os relatórios apresentados à promotoria foram feitos pela Cipa, pela Petrobrás, pelo MTE e pela ANP. A FUP e o Sindipetro Caxias também forneceram as listas com os nomes dos sete gerentes da Reduc que, no entendimento das entidades sindicais, são os responsáveis pela morte de Cabral, já que foram coniventes com irregularidades nas fiscalizações dos tanques e equipamentos e se omitiram diante da insegurança crônica que coloca em risco diariamente a vida dos trabalhadores.
Convidamos todos os petroleiros a participarem do ato nacional em homenagem a Luis Augusto Cabral, às 7 horas, no Arco da REDUC.
FUP