Se é público, é para todos: defender o BB é defender o Brasil

 

 

O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas repudia a reestruturação anunciada pelo Banco do Brasil, que vai fechar 402 agências, transformar outras 379 em PAs, extinguir 31 superintendências regionais, aposentar 18 mil bancários e cortar nove mil cargos. Esse caminho, que tem como meta a privatização, pode ser o mesmo a ser adotado para a Caixa Federal e demais empresas públicas.

 “O BB é hoje o maior investidor em crédito agrícola, entre outros programas de desenvolvimento social, e a mudança certamente vai afetar os pequenos agricultores, empregados e clientes do banco, com impacto para toda a sociedade”, afirma Rita Serrano, coordenadora do comitê. Ela adianta ainda que ações de resistência a essas medidas serão organizadas pelo movimento sindical com o apoio do comitê.    
 
A campanha em defesa de serviços e empresas públicas, entre as quais o Banco do Brasil, foi lançada em junho deste ano no Rio de Janeiro, e já se espalhou por mais de 14 estados e regiões brasileiras, além da Argentina. A campanha nasceu na luta contra o PLS 555, projeto que pretendia transformar todas as empresas públicas em sociedades anônimas. Após uma grande mobilização nacional dos movimentos sindical, social e associativo, foi possível obter avanços no texto do projeto, que acabou se tornando o Estatuto das Estatais ou Lei de Responsabilidade das Estatais. No entanto, as empresas e os serviços públicos estão sob ameaça direta e constante nesse governo, exigindo organização dos trabalhadores para reagir a esse retrocesso.  
 
Os próximos lançamentos da campanha serão nos dias 23 (Quadra dos Bancários de SP, 24 (Bancários de BH) e dia 29, em evento do Sindicato dos Bancários local e Apcef-RJ.