Petroleiros de vários estados do país participam nesta sexta-feira, 11, do Dia Nacional de Paralisação convocado pelas centrais sindicais em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Conforme indicativo da FUP aprovado nas assembleias, a categoria vem intensificando as mobilizações neste mês de novembro, se contrapondo à gestão de Pedro Parente, que tem por foco privatizar a Petrobrás, reduzir efetivos, cortar direitos e arrochar salários. A mesma receita aplicada nos anos 90, quando ele foi ministro de FHC e integrou por quatro anos o Conselho de Administração da empresa.
Os ataques contra a Petrobrás se inserem no projeto de desmonte do Estado brasileiro promovido pelo governo ilegítimo de Michel Temer. O objetivo é privatizar serviços públicos e empresas estatais, cortar direitos, congelar investimentos sociais, entre outras medidas previstas no pacote de ajuste fiscal que atinge em cheio os trabalhadores e as classes mais pobres.
O tratamento é oposto para os empresários, banqueiros, donos da mídia e outros setores que apoiaram o golpe. Para eles não há economia de verbas, muito menos aperto fiscal. O governo Temer quer que o Estado atue em benefício dos interesses privados.
Por isso, é preciso dizer não à PEC 55, que congelará por 20 anos os investimentos em serviços públicos essenciais à população, como a saúde e a educação. É preciso se contrapor à reforma da Previdência e à reforma trabalhista que retira direitos garantidos e conquistados pela classe trabalhadora, a começar pela terceirização sem limites, como prevê a PEC 30.
Privatizar faz mal ao BRasil
A defesa do Pré-Sal e da Petrobrás são eixos de luta que também estarão presentes nas manifestações e paralisações desta sexta-feira pelo país afora. Na quarta-feira, 09, o Conselho Deliberativo da FUP referendou estratégias discutidas no Seminário Nacional de Greve, que reuniu em Campinas cerca de 70 petroleiros nos dias 07 e 08. Um dos encaminhamentos é que em cada unidade do Sistema Petrobrás que for colocada à venda, a categoria responda com paralisação. Foi também definido que a campanha dos petroleiros resgatará o slogan “Privatizar faz mal ao BRasil”, que marcou a luta da FUP e de seus sindicatos contra a privatização da companhia no governo FHC.
Os sindicatos deliberaram ainda que a FUP só negocie com a Petrobrás o Termo Aditivo do Acordo Coletivo, cujas cláusulas dizem respeito somente ao reajuste salarial. Todas as demais cláusulas do ACT têm validade até 31 de agosto de 2017 e, portanto, só serão objeto de negociação no ano que vem. Qualquer proposta relacionada às horas extras e à jornada de trabalho deve ser remetida para a Comissão de Regimes, após o fechamento do acordo.
FUP