No dia 1º de setembro os petroleiros do regime de turno ininterrupto da Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, deflagravam a greve que hoje (05) completa 35 dias, o mais longo movimento paredista já registrado na SIX.
O motivo é a imposição de uma nova tabela de turno pela Petrobras que reduz de oito para seis horas o turno, mas que aumenta os dias laborados no mês e, consequentemente, diminui o número de folgas, causando prejuízos financeiros e para o convívio social e familiar dos trabalhadores.
Desde que a greve começou foram feitas muitas tentativas de negociação direta entre as partes, mas sem nenhum avanço. A Petrobras se mostrou irredutível na medida que tanto prejudica os empregados e resolveu ingressar com ação de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Região. Na mesma ação fez pedido de liminar para julgar a greve abusiva e houvesse o retorno imediato ao trabalho. Porém a desembargadora Marlene Teresinha Fuverki Suguimatsu, vice-presidente do TRT e responsável por julgar os dissídios, considerou o pedido improcedente.
A magistrada ainda determinou audiência sobre a ação para esta quarta-feira (05), às 14h, na sede do TRT, em Curitiba. O resultado pode pôr fim no impasse que provocou a greve.
Em reunião com a desembargadora na segunda-feira, 3/10, ficou estabelecida a adoção de quatro grupos de turnos de revezamento com jornadas de oito horas, em regime de contingência, sendo três deles indicados pelo Sindicato. A reunião teve o objetivo de dar cumprimento ao art. 11 da Lei de Greve (7.783/1989), especificamente para a manutenção dos serviços essenciais e evitar a parada da Unidade durante a greve.
A audiência será transmitida ao vivo pelo canal do TRT-PR no Youtube (www.youtube.com/TRTPR).