São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Paraná, e Rio Grande do Sul foram alguns dos locais em que aconteceram os atos. Na zona Leste da capital paulista e também na BR 381, na região de Betim (MG), dirigentes e trabalhadores realizaram passeata pela manhã.
Os atos foram organizados pelas Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e CST Conlutas.
Unidade em Betin, o protesto reuniu cerca de 300 dirigentes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical, além de representantes das federações locais e diversos sindicatos.
De acordo com Marcelino Rocha, presidente da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), que esteve na passeata em Betin, o ato na BR atingiu um grande número de trabalhadores. No local circulam empregados das principais empresas do estado que são a Fiat, Teksi, Terex e Nemak. O dirigente calcula que os trabalhadores destas quatro empresas somam aproximadamente 25 mil.
“Além de denunciar as reformas trabalhista e previdenciária, protestamos contra a proposta da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), que ofereceu 3% de reajuste aos metalúrgicos do estado para começar a ser pago em fevereiro de 2017. Com a inflação em 10% isso significa perdas para o trabalhador”, ressaltou Marcelino.
Desemprego
Em Itaguaí, no Rio de Janeiro, o presidente do sindicato Jesus Cardoso Reis, avaliou de forma positiva o piquete realizado em frente a Itaguaí Construção Naval (ICN), no litoral fluminense. “Mesmo com todas as dificuldades vividas pelo trabalhador quando falamos das ameaças aos direitos ele responde bem”, afirmou o dirigente. A ICN é uma empresa da Construtora Odebrecht e tem contrato com a Marinha de construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
De acordo com Jesus, o desemprego atingiu cerca de 20 mil trabalhadores na cidade do Rio de Janeiro. A indústria naval foi a mais prejudicada. Ele informou que até 2014, a capital registrava 50 mil trabalhadores. De janeiro de 2015 até este ano, somente a indústria naval demitiu aproximadamente 13 mil, a maioria sequer recebeu as rescisões.
Novas manifestações
Além do combate ao desemprego, os metalúrgicos reivindicaram a redução da taxa de juros e também lançaram a luta pela construção de um contrato coletivo nacional por ramo de atividade. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) avaliou que 600 mil trabalhadores se mobilizaram no país.
“Esta é a primeira de muitas manifestações que serão realizadas, em unidade com as centrais sindicais, para chegar ao nosso objetivo, que é enfrentar e ganhar esta batalha pelos direitos”, afirmou ao portal da CNTM, o presidente da entidade, Miguel Torres. Ele participou da caminhada na zona leste de São Paulo.
VIA Portal Vermelho