A Petrobrás vai paralisar a produção em 25 plataformas por até um ano, enquanto entrega os bens públicos à iniciativa privada. A paralisação foi autorizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) na última semana. A estatal também solicitou a interrupção da produção em outras nove unidades, mas ainda precisará apresentar estudos para justificar o pedido.
Em resposta à intensificação do desmonte, os sindicatos já iniciaram mobilização para um novo movimento grevista na estatal. Os Sindicatos do Norte Capixaba e Nordeste, locais onde estão concentrados os campos terrestres já colocados à venda, iniciaram também na terça-feira assembleia para votar indicativo de greve a partir do próximo mês.
As unidades estão situadas nos Estados de Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Espírito Santo. Ao todo, as unidades com paralisação solicitada abrangem 24 campos maduros, sendo 11 em terra. A maior parte das áreas já integra o plano de desinvestimentos da companhia, apresentado em março, com 104 concessões que representam 2% da produção da estatal.
A autorização para a parada das unidades foi tomada no dia 4 de julho, em reunião de diretoria da agência. “Caso não tenha sucesso um possível processo de Cessão de Direitos, no dia útil seguinte ao final da paralisação deverá ser retomada a produção de cada campo, (…) discriminando as atividades e investimentos que serão implementados”, diz a ata do encontro.