“Tem de ser em segredo”, diz Cunha em conversa com empreiteiro denunciado na Lava Jato

A Polícia Federal (PF) encontrou nos celulares de Otávio Marques de Azevedo, empreiteiro pego na Lava Jato, vários diálogos com o ex-presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em uma das conversas, Cunha afirma que atendeu uma demanda da construtora Odebrecht para modificar um projeto de lei: “Este ponto eu acertei, mas tem de ser em segredo”, avisou o ex-presidente da Câmara.

Desta maneira, há mais uma prova da jogada política feita por Eduardo Cunha ao renunciar de seu cargo na Câmara. Com diversas investigações e provas contra ele, o ex-presidente da Câmara optou por sair à francesa da sua função.

No entanto, mais uma vez, os crimes de Eduardo Cunha foram comprovados. Justamente uma das linhas de investigação contra ele no STF é sobre a sua atuação para fazer lobby e cobrar recursos de empresas em diferentes projetos de leis e medidas em tramitação no Congresso.

Outros diálogos entre Cunha e o empreiteiro foram identificados. Em um deles, de setembro de 2011, o parlamentar conversa com Otávio sobre o envio de um “material”, que não é citado durante o diálogo. Já em outra conversa, em 2014, os dois marcam um encontro na residência do empreiteiro.