Duas das seis centrais formalmente reconhecidas, a CUT e a CTB, não participaram de reunião com o presidente interino, Michel Temer, na tarde desta segunda (15). Ambas disseram não reconhecer “golpistas como governantes”. “A CUT vai continuar defendendo os interesses da classe trabalhadora, principal vítima do golpe, exigindo a volta do Estado do Direito e do mandato da presidenta Dilma, legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos”, diz a entidade, em nota assinada por seu presidente, Vagner Freitas.
“Acreditamos que a luta contra os retrocessos pretendidos e anunciados será travada pelo conjunto dos movimentos sociais nas ruas, nos locais de trabalho, na luta constante para impedir que o Brasil recue, do ponto de vista democrático, institucional e civilizatório, a décadas passadas”, acrescenta a CUT. “O respeito a todos os mecanismos e esforços da população em busca de igualdade, valorização da diversidade e acesso a políticas públicas que combatam as injustiças sociais é um valor precioso demais. E assim queremos que seja tratado.”
Reforma da Previdência
“Diante da evidências, a proposta de reforma da Previdência de Temer prevê aposentadoria no caixão. A CTB tem muita clareza dos riscos e, diferente de alguns setores do movimento sindical, não se dispõe a segurar na alça da traição”, afirmou, também por nota, o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Após a reunião com as centrais, o presidente interino Michel Temer (PMDB) determinou a criação de um grupo de trabalho, que será coordenado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para discutir a reforma da Previdência. Participaram do encontro no Palácio do Planalto a Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central.
Fonte: com informações da Rede Brasil Atual e do UOL