Dirigentes da FUP e da FNP desembarcaram em Brasília para mais uma semana de intensas atividades na tentativa de preservar a Petrobrás como operadora única do Pré-Sal. O PLS 131/15, de autoria de José Serra (PSDB/SP), que acaba com essa garantia e ainda retira da empresa a obrigatoriedade de participação mínima de 30% nos campos licitados do Pré-Sal, foi aprovado no Senado, através de um substitutivo negociado com o apoio do governo, e agora tramita na Câmara dos Deputados Federais sob a forma do PL 4567/16.
Para impedir que o projeto seja aprovado, a FUP articulou uma frente de luta em Brasília, junto com a FNP, as centrais sindicais – CUT e CTB, profissionais da educação, estudantes, MST, Levante da Juventude e diversos outros movimentos sociais. Desde a semana passada, os petroleiros vêm percorrendo os gabinetes dos deputados federais e reunido-se com lideranças partidárias para explicar os prejuízos que o povo brasileiro terá, caso a Petrobrás deixe de ser a operadora única do Pré-Sal.
Audiência Pública na Assembleia Legislativa da Bahia, no dia 14 de março
O PL 4567 está sendo analisado por uma Comissão Especial, que deverá elaborar um parecer sobre o projeto, cujo relatoria é do deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA). Nesta terça-feira (29/03), a FUP e os movimentos sociais estarão a postos, no Plenário 05 da Câmara, acompanhando de perto os trabalhos da Comissão, cuja reunião está prevista para ter início às 15h.
“Estaremos aqui dia e noite, defendendo o Pré-Sal para o povo brasileiro. Foi com muita luta que conquistamos em 2010 o regime de partilha, garantindo a exclusividade da Petrobrás na operação do Pré-Sal. Não vamos permitir que os oportunistas se aproveitem agora de uma crise internacional, que atinge todas as petrolíferas no mundo, para mudarem a lei e entregarem de bandeja esse tesouro às multinacionais”, afirma o diretor da FUP, Francisco José de Oliveira.
Ato em defesa da Petrobrás, na Câmara dos Deputados, no dia 02 de março
Além de ações em Brasília, a FUP e seus sindicatos têm realizado mobilizações nos aeroportos e audiências públicas nas assembléias legislativas das principais cidades brasileiras, denunciando os riscos que o PL 4567 representa para o desenvolvimento e a economia nacional, já que a Petrobrás é a única petrolífera que investe no país, gerando emprego e renda aqui e não no exterior, como fazem as multinacionais. No Nordeste e no Espírito Santo, os petroleiros têm realizado uma série de manifestações contra a privatização dos campos de produção terrestre, alertando os parlamentares locais e os trabalhadores sobre a ofensiva dos entreguistas no Congresso Nacional.
Na quinta-feira, 31, a defesa do Pré-Sal e da Petrobrás também serão eixos da grande marcha que os movimentos sociais realizarão em Brasília, em defesa da democracia.
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Fonte: FUP