O processo de terceirização das atividades de exploração faz a cada dia novas vítimas. Aqui na Bahia, apesar da luta do sindicato e das reivindicações encaminhadas ao governo estadual para intervir junto à Petrobrás, muitos trabalhadores da Construção de Poços Marítimos – CPM – estão na iminência de terem seus postos de trabalho desativados.
Os diretores do Sindipetro Bahia, Gilson Sampaio, Francisco Ramos e André Araújo, diante de tão situação, estiveram reunidos na manhã desta segunda (01\02), com o GG José Venâncio, quando cobraram explicações e uma solução dada a gravidade dos fatos.
Segundo os diretores, infelizmente a desmobilização da atividade de exploração própria é uma realidade nefasta que está sendo implementada pela diretora de E&P, Solange Guedes. Essa política, reiteradas vezes denunciada pelo sindicato, é equivocada e causa a demissão de vários trabalhadores contratados, assim como o desembarque dos próprios.
No caso da CPM, três petroleiros já estão realocados na base de Taquipe, trabalhando no almoxarifado. À medida que outras plataformas são atracadas nos “cemitérios” de São Roque do Paraguaçu e Base Naval de Aratu, mais trabalhadores serão desembarcados. A previsão é de que cerca de 150 próprios, sendo 58 técnicos de perfuração, sejam desmobilizados.
No encontro com a Gerência, os diretores do Sindipetro cobraram uma alternativa para esses trabalhadores, em face da extinção dos postos de trabalho. Os diretores foram informados que a empresa vai proporcionar cursos de requalificação e posteriormente o pessoal será realocado em outras unidades. Os diretores Gilson Sampaio, André Araújo e Francisco Ramos cobraram da gestão que os cursos sejam correlatos à atual função dos trabalhadores e que os novos locais sejam prioritariamente em regimes de trabalho semelhantes.
O gerente José Venâncio informou que na próxima quinta (04\02), haverá uma reunião com o RH, no Rio de Janeiro, para discussão da forma de implementação dessas mudanças, ressaltando aos diretores que será avaliado o perfil profissional de cada trabalhador para direcioná-lo à nova função. Os diretores do Sindipetro Bahia solicitaram o agendamento de nova reunião com o GG, para a apresentação da proposta que virá do Rio, ressaltando também que antes de qualquer iniciativa, o sindicato e os trabalhadores sejam ouvidos a respeito desse assunto.
A direção do Sindipetro Bahia estará acompanhando toda essa situação, para garantir todos os direitos legítimos dos trabalhadores previstos no ACT.
Imprensa Sindipetro Bahia