Desde o final de junho, a FUP e seus sindicatos vinham tentando discutir com a Petrobrás propostas para enfrentar a crise, sem que a empresa abra mão de ativos estratégicos e investimentos estruturantes para o país. Foi preciso uma greve ideológica para que a companhia reconhecesse a Pauta pelo Brasil. Pela primeira vez na história do país, os trabalhadores disputarão os rumos da maior empresa nacional. O Grupo de Trabalho paritário conquistado na greve foi instalado na quinta-feira, 17, e terá prazo de 60 dias para conclusão.
Cinco representantes da FUP integram o GT: José Maria Rangel, João Antônio de Moraes, Leonardo Urpia, Fernando Maia e Aldemir Caetano, que terão a assessoria do Dieese. Pela Petrobrás, estão José Alberto Bucheb (Universidade Petrobrás), Renata Nascimento Szczerbacki (Estudos de Mercado e Negócios), Éric Cabral (Desempenho Empresarial), Maurício Lopes Ferreira (Recursos Humanos) e Edival Dan (Conteúdo Local).
As reuniões serão semanais, a princípio, sempre às quintas-feiras, de manhã e de tarde. A próxima ocorrerá no dia 07 de janeiro, quando serão discutidos os impactos da redução dos investimentos da Petrobrás na economia brasileira, com destaque para a geração de empregos. Para contribuir com o debate, serão convidados o professor Marcelo Colomer, do Grupo de Economia da Energia/UFRJ e o coordenador do estudo elaborado pelo Ministério da Fazenda, que trata deste mesmo assunto.
Através do GT, os trabalhadores terão a oportunidade de influenciar na construção do PNG 2016-2020. As propostas elencadas na Pauta pelo Brasil para garantir a retomada dos investimentos, a geração de empregos e o resgate do papel desenvolvimentista da Petrobrás serão o eixo dos debates. Ao final dos trabalhadores, será gerado um relatório que será encaminhado ao Conselho de Administração da Petrobrás, ao governo e disponibilizado para a sociedade brasileira.
Fonte: FUP