O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, afirmou na noite desta quarta-feira (2), após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmar em entrevista coletiva que aceitou o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que o deputado está em uma situação muito delicada, inviabilizado de continuar a liderar a Câmara. “Acho que esse é um movimento para tirar o foco do problema dele, que está sendo muito questionado, e está fazendo isso de maneira triste, sem pensar no país.”
Nobre afirmou que amanhã (3), a CUT, com as demais centrais sindicais do país, e com setores empresariais, vai fazer um ato para reforçar que o país não suporta mais a agenda da crise, e a agenda da Lava Jato interferindo na economia. “Nós precisamos discutir crescimento e geração de emprego. Não podemos perder as conquistas que tivemos nos últimos anos, como emprego, melhoria da saúde, educação. O mundo todo olha admirado para as conquistas que nós tivemos”, disse Nobre.
“Nós temos de virar a página e parar de discutir crise, impeachment e pensar em como crescer, como melhorar a renda, como incluir pessoas, essa é a agenda do país. Então, amanhã vamos dar esse recado, pois o Eduardo Cunha está na contramão da agenda do país. Essa decisão de colocar o tema do impeachment agora é para tirar o foco de cima de um problema que é dele. Ele está sendo cobrado por atitudes que cometeu, e desconsiderando as consequências para o país. É um tema inapropriado para o momento.”
O ato será realizado amanhã às 10h, dentro do encontro de centrais e entidades empresariais que farão pacto pelo desenvolvimento, às 10h, no Espaço Hakka, na Liberdade, centro da capital paulista.