Centenas de trabalhadores e militantes dos movimentos sociais e populares do Rio de Janeiro ocuparam na tarde desta sexta-feira (02) a Praça da Candelária, no Centro da cidade, para dar início à jornada nacional de mobilizações, convocada pela Frente Brasil Popular, em defesa da Petrobrás, da democracia e contra o ajuste fiscal do governo. As manifestações terão sequência neste sábado, 03 de outubro, data que marca os 62 anos de criação da Petrobrás. Haverá atos em pelo menos outros 10 estados do país, além do Distrito Federal (confira abaixo).
Além da defesa da Petrobrás e dos direitos do povo brasileiro sobre o petróleo, os manifestantes exigem uma nova política econômica para que o país retome o crescimento, com distribuição de renda e empregos, e se posicionam contra o ajuste fiscal e a agenda golpista da direita, que tenta impor o impeachment da presidente Dilma, sem qualquer fundamento jurídico, em um claro ataque à democracia.
“O Brasil tem a obrigação de voltar a crescer e não vai ser com velhas receitas”
No Rio de Janeiro, a manifestação começou por volta das 16 horas, reunindo cerca de 800 pessoas, na Praça da Candelária. Dirigentes e militantes da FUP e dos sindicatos de petroleiros do estado participaram do ato, levando faixas e cartazes em defesa da Petrobrás e contra o Plano de Negócios e Gestão da companhia.
Os petroleiros denunciaram o desmonte que atual gestão vem impondo à Petrobrás, ao reduzir drasticamente os investimentos da estatal e colocar à venda ativos estratégicos. Os sindicalistas reafirmaram que a categoria entrará em greve por tempo indeterminado para impedir a privatização da empresa.
O coordenador da FUP, José Maria Rangel, também condenou as tentativas de golpe da direita e das elites, que pregam o ódio de classe e a intolerância, atacando frontalmente a democracia e a liberdade do povo brasileiro. “Muitas vidas foram perdidas para que os brasileiros tivessem voz e nós não podemos abrir mão dessa conquista histórica”, ressaltou.
Ele também criticou duramente a política econômica do governo, reiterando que os trabalhadores não pagarão a conta do ajuste fiscal. “O nosso país tem a obrigação de voltar a crescer e não vai ser com velhas receitas que já deram errado no passado”, destacou o coordenador da FUP, cobrando que o governo Dilma implemente as propostas dos movimentos sindicais e sociais, taxando as grandes fortunas e buscando outras saídas para a crise, como a retomada dos investimentos da Petrobrás para que a empresa volte a ser a alavanca do desenvolvimento nacional.
(Por Alessandra Murteira, da FUP – fotos de Francisco José e Tezeu Bezerra)
Confira os atos deste sábado em defesa da Petrobrás, da democracia e contra o juste fiscal:
SÃO PAULO
14h – Capital – Avenida Paulista, em frente ao prédio da Petrobrás
10h – Araçatuba – Câmara Municipal
10h – Bauru – Antiga Estação Ferroviária
9H – Campinas – Estação Cultura
9H – Itapeva – Praça de Eventos Zico Campolim
8H – Presidente Prudente – Sindicato dos Bancários e caminhada pelo calçadão
8h30 – Ribeirão Preto – Esplanada do Teatro Pedro II
10H – São José do Rio Preto – Praça Shopping
10h00 – Sorocaba – Praça Cel. Fernando Prestes
BAHIA – 9H
Campo Grande, com caminhada em defesa da democracia no centro.
PERNAMBUCO – 8h
Praça do Derby, Recife
MINAS GERAIS – 10h
Praça da Rodoviária, Belo Horizonte
PARANÁ – 10h
Boca Maldita
RIO GRANDE DO SUL – 10h
Largo Glênio Peres, caminhada até a Torre Simbólica de Petrobrás, na Praça da Alfândega
CEARÁ – 8h
Praça José de Alencar
SANTA CATARINA
9h – Praça da Catedral – Florianópolis
9h – Escadaria da Catedral, Rua XV de Novembro – Blumenau
10h – Praça da Bandeira – Joinville
9h – Praça Coronel Bertaso, centro de Chapecó
PARAIBA – 9h
Concentração no Teatro de Cabedelo
PIAUI – 8H
Concentração na Praça Rio Branco, em Teresina.
Distrito Federal – 9H
Feira da Ceilândia.
Fonte: CUT