Petrobrás empurra campanha reivindicatória para impasse e petroleiros estão rumo à greve

Enquanto a Petrobrás silencia sobre a pauta da categoria, os petroleiros preparam mais uma greve nacional. No último dia 26, a FUP protocolou documento responsabilizando a empresa pelo impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. Passados quase dois meses da apresentação da Pauta Política, os gestores da Petrobrás seguem calados, mesmo após uma semana de mobilizações, que culminaram com uma greve de 24 horas no dia 24 de julho.

O que de fato importa para a empresa é atender ao mercado. O desmonte do Sistema Petrobrás segue como planejado pelo Conselho de Administração, com impactos em várias unidades do país. A empresa já está se desfazendo de 25% da BR Distribuidora. Mexer na Transpetro pode ser o próximo passo, vide a reestruturação da malha de gasodutos, que está em estudo.

O presidente da Petrobrás já deixou claro que o compromisso dos gestores é aumentar a rentabilidade dos acionistas. Direitos e conquistas históricas da categoria, portanto, estão na mira de ataque da empresa. Milhares de trabalhadores terceirizados já perderam o emprego e novas levas de demissões estão a caminho. Já circula entre os gerentes um pacote de medidas drásticas de contenção de custos e redução de despesas.

A greve, portanto, é a resposta mais contundente que a categoria poderá dar a esses ataques. Não é só o patrimônio da Petrobrás e a soberania nacional que estão em risco. Trata-se também de preservar empregos e direitos. Os petroleiros já viram esse filme antes, nos anos 90, quando lutavam a cada campanha para não perder direitos. Naquela época, a Petrobrás só não foi completamente privatizada porque a categoria se impôs, através da histórica greve de maio de 1995. Vinte anos depois, os petroleiros enfrentam desafios semelhantes, que exigem a mesma coragem e resistência.

 

Clique aqui para acessar o termo de impasse negocial protocolado na Petrobrás

 

Fonte: FUP