A tarde desta quinta-feira, 20, foi marcada por grandes manifestações realizadas por movimentos sindicais e sociais do campo e da cidade, em defesa da democracia, por mais direitos e contra o retrocesso. Os atos ocorreram nas principais capitais do país, onde a classe trabalhadora deixou claro que a saída da crise política, institucional e econômica que vive o Brasil, tem que ser pela esquerda.
Em protesto às manifestações ocorridas no último domingo, 16, militantes de diversas entidades sindicais e movimentos populares bradaram por “Não vai ter golpe” e afirmaram que a classe trabalhadora não aceitará as atuais políticas de cortes, reajustes e austeridade do governo federal. Os militantes também protestaram contra a onda conservadora que assola o país, comandada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os sindicatos dos petroleiros aderiram às manifestações de norte a sul do país. No de Janeiro, caravanas de petroleiros do Norte Fluminense, de Duque de Caxias e dirigentes da FUP se somaram ao ato que lotou as ruas do centro da cidade com mais de vinte mil pessoas. A manifestação começou às 14h na Candelária e seguiu em passeata pela Av. Rio Branco até à Praça da Cinelândia. Vestidos com seus uniformes laranjas, os petroleiros carregaram faixas em defesa da Petrobrás, contra o PLS 131, que visa tirar da estatal o papel de operadora única do Pré-Sal e, muitas outras, em protesto ao plano de “desinvestimento” da empresa. Nas manifestações de hoje, a categoria mais uma vez mostrou à sociedade que a defesa da Petrobrás como principal indutora do desenvolvimento nacional deve ser uma luta de todos os brasileiros. A categoria também protestou contra a venda de ativos da BR Distribuidora, anunciada pela empresa nos últimos dias.
“Nós estamos tomando as ruas em defesa da democracia, que é o grande valor da sociedade brasileira. Muitos sucumbiram durante a ditadura militar, mas o povo brasileiro não pode se deixar enganar pelo engodo dessa direita que dominou o Brasil por 500 anos e, hoje, não suporta ver a evolução da classe trabalhadora. Vamos protestar por salários, benefícios, por mais empregos e contra o ajuste fiscal. Devemos protestar para ter vez e voz e dizer não ao golpe e não à volta da ditadura”, enfatizou o coordenador da FUP, José Maria Rangel, que junto aos demais dirigentes da entidade, representou a Federação Única dos Petroleiros no Rio de Janeiro.
O ato também foi marcado por manifestações artísticas de movimentos populares e foi finalizado na Praça da Cinelândia, local tradicionalmente conhecido por ser o cenário de grandes mobilizações, lutas e comemorações históricas da classe trabalhadora.
[Fotos: Caroline Cavassa e Luciana Fonseca]
Fonte: FUP