Ao enviar um comunicado aos trabalhadores, tentando desmobilizar a greve de 24 horas, a direção da Petrobrás deixou claro sua opção pelo mercado e, como Pilatos, lavou as mãos em relação ao pré-sal. Sem papas na língua, os gestores deixaram claro o objetivo maior do Plano de Negócios 2015-2019, ao admitirem que a prioridade é reduzir o endividamento e aumentar a rentabilidade imediata para os acionistas. Não se importam nem um pouco com o desemprego em massa e a quebra da cadeia produtiva da indústria nacional.
É justamente contra isso que a categoria está em luta. A FUP e seus sindicatos defendem uma Petrobrás integrada e forte, propulsora do desenvolvimento nacional, com geração de emprego, renda e conhecimento para o seu acionista maior: o povo brasileiro!
Além disso, os gestores da empresa seguem se omitindo em relação à cobrança dos trabalhadores de que a estatal manifeste publicamente o interesse em continuar sendo operadora única do pré-sal. A direção da Petrobrás insiste que “a companhia não pode interferir nos debates políticos sobre mudanças na legislação brasileira”, como reiterou no comunicado aos trabalhadores. “Como qualquer outra empresa, cabe à Petrobrás cumprir a lei vigente”, alegaram os gestores no documento. Será que é demais verbalizar que a estatal, além de ter competência, está ávida para operar o pré-sal, como todas as outras grandes petrolíferas estão?
Ou seja, está mais do que evidente a importância da decisão dos petroleiros na 5ª Plenafup de priorizar a pauta política em defesa da Petrobrás, do pré-sal e contra o plano de desinvestimentos e venda de ativos que atende ao mercado. Só na luta, os trabalhadores impedirão o retrocesso. Todos à greve desta sexta-feira!
Fonte: FUP