Em Dia Nacional de Luta para derrubar o PL 4330, petroleiros paralisam atividades em todo o país

sindnews 1

(Última atualização às 17h54)

Desde a madrugada desta quarta-feira, 15, os trabalhadores próprios e terceirizados da Petrobrás e de suas subsidiárias aderiram ao Dia Nacional de Mobilização Contra o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização, retira direitos e coloca em risco os empregos formais em todas as atividades. O projeto já foi aprovado na última semana pela maioria dos deputados federais e deve seguir para apreciação no Senado. A mobilização de hoje, convocada e organizada pelas centrais CUT, CTB, Nova Central, Intersindical e Conlutas e pelos movimentos sociais do campo e da cidade, tem por objetivo pressionar pela derrubada do PL 4330.

Pela tarde, os sindicatos petroleiros participaram de manifestações públicas nas principais capitais do país. Os protetos contra a PL da escravidão foram realizados em todo o país, com a adesão de diversas categorias como bancários, metalúrgicos, rodoviários, professores, papeleiros, químicos, trabalhadores da construção civil e do setor de serviço e comércio, aeroviários, portuários, entre outros.

Nas refinarias de Duque de Caxias (Reduc), Alberto Pasqualini (Refap/RS) e Gabriel Passos (Regap/MG), os trabalhadores cortaram a rendição dos turnos desde o final da noite de ontem e permecerão paralisados por 24h. No Rio Grande do Sul, também houve atraso na entrada do expediente do Tedut, terminal da Transpetro.

Os petroleiros do Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Ceará, Rio Grande do Norte, Manaus, Bahia, Pernambuco e Norte Fluminense também aderiram às mobilizações, com paralisações parciais e atrasos no expediente das unidades administrativas e operacionais do Sistema Petrobrás. Em várias regiões, os sindicatos petroleiros participaram de mobilizações conjuntas com outras categorias,   bloqueando rodovias e engrossando as manifestações públicas contra o PL 4330.

orgulho petroleiro mob pl4330

Nas bases marítimas, como Espírito Santo, os trabalhadores interromperam o embarque para as plataformas e no Norte Capixava, houve uma grande mobilização dos trabalhadores próprios e terceirizados, na Estação da Petrobras de SM-8. Em Vitória, o Sindipetro participou das manifestações que as centrais sindicais realizaram no Centro da capital e nas rodovias da Grande Vitória.

Na Bacia de Campos, os trabalhadores realizaram pela manhã um trancaço na base de Imbitiba, a principal unidade da Petrobrás em Macaé. Na Reman (AM), os petroleiros paralisaram pela manhã as atividades na refinaria, que teve o acesso bloqueado na rodovia, em uma mobilização que contou com a participação de cerca de três mil trabalhadores de diversas categorias, como metalurgicos, plásticos, construção civil, educadores, rodoviários, vigilantes e gasistas.

manaus 2

Na Bahia, as manifestações começaram a partir das 4h30 da manhã, na Via Parafuso, principal acesso ao Polo Petroquímico de Camaçari, que teve ambos os sentidos da rodovia interrompidos. Segundo o Sindipetro-BA, os trabalhadores do Conjunto Pituba, da PBIO, Porto do Mirim- Terminal Almirante Alvares Câmara, Transpetro,  Santiago, Fafen, Taquipe e de unidades localizadas nas áreas de Catu, Alagoinhas e Candeias também aderiram ao movimento. Em algumas unidades não houve rendição de turno.

mg

Em Campinas (SP), petroleiros e trabalhadores da Construção Civil bloquearam por meia hora a Rodovia Professor Zeferino Vaz, no sentido à Replan, alertando a população para os impcatos que o PL 4330 terão para toda a classe trabalhadora. Logo em seguida, o Sindipetro realizou uma grande manifestação em frente a refinaria, com participação de mais de 800 trabalhadores. Houve também paralisações no Terminal de Barueri e na Recap (Mauá). Na parte da tarde, os dirigentes sindicais participam de ato no centro de Campinas e na capital paulista, com uma grande manifestação em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista.

Fonte: FUP com informações dos sindicatos e da CUT Nacional