As eleições estão oficialmente nas redes e nas ruas desde o dia 6 de julho. O período das campanhas é marcado por uma série de normas que buscam dar igualdade de oportunidade às candidaturas. As questões de gênero, por exemplo, vem sendo ressaltadas pelas bancadas femininas na Câmara dos Deputados e as procuradorias especiais da Mulher da Câmara e do Senado.
Desde setembro de 2013 elas organizam o movimento “Mulher tome partido. Filie-se” em parceria com a ONU Mulheres e a Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, além do Fórum de Instâncias de Mulheres dos Partidos Políticos.
A deputada Jô Moraes (MG), que preside a bancada feminina na Câmara, ressalta o baixo número de registros de candidatas que disputarão as eleições de outubro. E vê ainda a necessidade de ampliar o período da política de cotas nos partidos para sensibilizar a população para as questões de gênero.
De março a junho deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) veiculou propaganda para incentivar a participação feminina na vida político partidária. Os dados do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, revelaram que 51% da população são de mulheres. Nas últimas eleições, 45 deputadas federais foram eleitas – quase 40% a mais que em 1986. Mas a representação não reflete esse número e apenas 9% das 513 vagas da Câmara dos Deputados é ocupada por mulheres.
Hoje os partidos são obrigados a dedicar para as mulheres 30% das vagas que estarão na disputa eleitoral. “Nós queremos que a estrutura dos partidos políticos favoreça as mulheres. Aumentar a participação feminina na política é a arma para superarmos as desigualdades e as opressões sofridas”, afirmou Jô Moraes.
Fonte: Portal Vermelho