FUP
Gestão financeira da Petrobrás coloca em risco os trabalhadores
Nesta sexta-feira, 20, quando o Conselho de Administração da Petrobrás se reunirá extraordinariamente para discutir os recentes acidentes ocorridos nas refinarias da empresa, a FUP convoca a categoria para uma grande mobilização nacional em defesa da vida e contra as reduções de custos impostas pelo Procop, que têm agravado os riscos de acidentes nas unidades. Pela primeira vez questões de saúde e segurança estarão na pauta do CA da Petrobrás. Portanto, é hora dos trabalhadores pressionarem e se mobilizarem em defesa da vida e por mudanças estruturais na gestão financeira da empresa e no SMS.
Não é de hoje que a FUP e seus sindicatos têm alertado para os riscos de um grande acidente no Sistema Petrobrás, em função da falta de vontade política da empresa em atender às reivindicações dos trabalhadores de mudanças estruturais no SMS. A situação se agravou consideravelmente nos últimos tempos, com os cortes de investimentos em manutenção de equipamentos e contratação de novos efetivos.
O Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop) é fruto de uma gestão financeira equivocada, que coloca em risco a vida dos petroleiros, a segurança operacional das unidades e o meio ambiente. Uma economia burra, cuja conta quem paga é a classe trabalhadora, assim como vem ocorrendo com os campos de produção terrestres, que estão sendo progressivamente cortados do planejamento financeiro da Petrobrás, resultando em demissão em massa, cortes de direitos e no esvaziamento econômico de municípios que dependem dos investimentos da empresa.
Na mesma linha do Procop, está o Mobiliza, que nada mais é do que uma armadilha da empresa para reduzir custos com contratação de trabalhadores e piorar ainda mais a situação caótica nas unidades que sofrem com efetivos muito abaixo do que seria minimamente necessário para garantir a segurança operacional e preservar a saúde dos trabalhadores. Assim como o Procop, o Mobiliza é também fruto de uma gestão financeira que reduz investimentos onde deveria agir ao contrário, impondo um custo social imenso para os trabalhadores e a própria empresa.
A mobilização desta sexta-feira, 20, é para exigir um basta a esta situação e respeito à vida e à saúde dos trabalhadores.
