CUT-SP convoca militância para ato de denúncia sobre a corrupção de governos tucanos no transporte público

CUT – SP

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo convoca sindicatos, trabalhadores/as e toda a sua militância para a mobilização que ocorrerá na próxima quarta-feira (14), contra a máfia do transporte público em São Paulo.

A manifestação cobrará resposta do governo do PSDB sobre denúncias de formação de um cartel pelas empresas Siemens, Alstom, CAF, Bombardier, TTrans e Mitsui que, em troca de apoio nas licitações de obras do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), teriam desviado recursos públicos e pago propina a políticos tucanos do PSDB em São Paulo.

O fato é antigo, mas o tema voltou a ter destaque na última semana na grande imprensa, a partir das denúncias feitas pela multinacional alemã Siemens, em acordo realizado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que, como compensação, dará à empresa imunidade criminal e civil.

O apoio oferecido pelo Governo de São Paulo à Siemens e às demais empresas data de 1998, época da gestão Mário Covas (PSDB). A corrupção continuou pelas administrações de José Serra e Geraldo Alckmin, sem que nenhuma providência fosse tomada para resolver as denúncias de roubo do dinheiro público.

Com aval do PSDB, duas das empresas, Siemens e Alstom, ganharam até 2008 R$ 12,6 bilhões em contratos com o governo paulista. A participação de 18 empresas nesse esquema se reverteu num superfaturamento estimado em R$ 577 milhões

A Central dá total apoio às investigações realizadas pelo Cade e exige a apuração dos 15 processos existentes no Ministério Público. A CUT-SP reivindica também a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para apurar o caso e dar visibilidade às denúncias de fraudes nessas licitações.

As últimas mobilizações realizadas pelo povo paulistano em junho e julho deste ano demonstram a insatisfação da população contra a corrupção e o governo tucano (PSDB) precisará responder às acusações.