FUP e sindicatos assinam o maior acordo salarial da categoria
Imprensa da FUP
Pela primeira vez nos últimos 20 anos, a FUP e seus sindicatos fecham uma campanha reivindicatória em setembro, garantindo aos trabalhadores o maior reajuste salarial de todos os tempos. Os petroleiros cujos sindicatos assinaram o acordo até o dia 23 recebem nesta sexta-feira, 01, a gratificação de R$ 6.000,00 ou uma remuneração, o que for maior. No dia 07 de outubro, a Petrobrás efetua o pagamento para os trabalhadores das bases sindicais, cujo acordo foi assinado até o dia 28. É o caso da Bahia, do Norte Fluminense, do Espírito Santo, do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro, que concluíram esta semana suas assembléias, com aprovação maciça do acordo conquistado pela FUP.
Os petroleiros encerram esta campanha no mesmo mês da data base da categoria, conquistando reajuste de 9,36% na RMNR. É o maior reajuste já alcançado pelos petroleiros, que garantiram ganhos reais entre 3,6% e 4,7%, além do IPCA. Um índice superior ao que tem sido conquistado pela maioria das categorias. Os bancários, por exemplo, estão em greve por tempo indeterminado porque os banqueiros permanecem inflexíveis diante do reajuste de 4,29% rejeitado pela categoria. O acordo conquistado pelos petroleiros, com uma média de 70% de aceitação nas assembléias, foi fruto de um intenso processo de negociação com a Petrobrás, que só foi possível em função da pressão da categoria, que realizou uma semana de mobilizações, que culminou com uma paralisação de advertência no dia 03 de setembro.
Além do reajuste de 9,36% na RMNR e da gratificação de R$ 6.000,00 ou uma remuneração integral, o que for maior, os petroleiros dobraram o reembolso e garantiram a atualização das tabelas do Programa Jovem Universitário. O acordo também garantiu o adicional de polidutos na RMNR dos trabalhadores da Petrobrás cedidos para a Transpetro, assim como o pagamento da hospedagem dos petroleiros do E&P durante os treinamentos fora de seus domicílios. Além das conquistas econômicas, esta campanha também pautou três questões extremamente relevantes, que extrapolam as reivindicações salariais: a discussão com os gestores da Petrobrás sobre a urgência de mudanças estruturais nas políticas de SMS e de terceirização, assim como as práticas da empresa em relação à responsabilidade social.