Terceirizados da Petrobrás no Rio Grande do Norte fazem greve contra calotes

A ABDM e a Plena foram denunciadas por atrasos nos salários, retenção dos descontos dos encargos trabalhistas…





Imprensa da FUP

Enquanto a Petrobrás continua enrolando para colocar em prática um mecanismo que garanta a cobertura das verbas rescisórias dos terceirizados, as contratadas seguem lesando os trabalhadores. Nesta semana, duas empresas que prestam serviço para a Petrobrás no Rio Grande do Norte – a ABDM e a Plena – foram denunciadas pelo sindicato por atrasos nos salários, retenção dos descontos dos encargos trabalhistas (INSS, FGTS e IRPF) e até mesmo apropriação indevida de mensalidades de planos de saúde e empréstimos consignados, que são descontados nos contracheques, mas não são repassados às instituições.  Revoltados, os trabalhadores da ABDM e da Plena entraram em greve na quarta-feira, 11, nas áreas de produção do Alto do Rodrigues, Pólo de Guamaré e Mossoró, onde as empresas prestam serviço para a Petrobrás, que, por sua vez, nada faz para protegê-los dessas ilegalidades.

Além de serem lesados pelas empresas caloteiras, os trabalhadores terceirizados são submetidos a constrangimentos ao serem considerados inadimplentes. Tudo isto com a conivência da Petrobrás, que, se quisesse, já poderia ter garantido nos contratos de prestação se serviço uma proteção aos trabalhadores contra os calotes das empresas. Portanto, só com muita mobilização, resolveremos esta pendência. É preciso intensificar a luta, cobrando o que foi acordado com a categoria e exigindo condições decentes e seguras de trabalho para os milhares de terceirizados. Esta é uma luta que é de toda a categoria e que continuará ao longo da campanha salarial, até que a Petrobrás resolva definitivamente esta pendência.