O departamento de polícia de delitos econômicos e a Secretaria Geral de Rendimentos Públicos da Grécia anunciaram, nesta terça-feira (3), o início de uma investigação sobre as remessas enviadas ao exterior por pessoas individuais e jurídicas residentes no país.
A vice-ministra de Finanças, Nadia Valavani, pediu aos organismos encarregados de investigar fraudes fiscais que examinem os contribuintes que durante os últimos anos realizaram grandes depósitos no exterior e que não estejam estejam justificados de acordo com suas declarações de impostos.
Os estudos preliminares detectaram 54 mil contribuintes gregos que de 2009 a 2011 transferiram aos bancos estrangeiros depósitos de mais de 22 bilhões de euros, aos que se somaram aqueles que nos últimos dois meses tenham realizado remessas superiores a um milhão.
Segundo os dados do Ministério de Finanças, entre 9 de dezembro de 2014 e 23 de janeiro passado, dois dias antes do partido esquerdista Syriza ganhar as eleições legislativas, a fuga de capitais atingiu a cifra de 15 bilhões de euros.
Além disso, a Secretaria-Geral de Rendimentos Públicos informou sobre a realização de controles nos movimentos bancários dos altos funcionários que abandonaram seus postos depois da mudança de governo ocorrido na semana passada.
Esta verificação detectou também que durante os últimos anos 5.260 servidores públicos enviaram a contas nas estrangeiro quantidades maiores de 100 mil euros, um total acumulado de 1,45 bilhão de euros.
Daqueles, 4.845 permanecem sob controle do organismo auditor enquanto os 415 restantes já foram investigados e em breve os resultados serão divulgados.
Por outra parte, o ministro de Economia alemão, Sigmar Gabriel, assegurou que a União Europeia poderia ajudar a Grécia em sua luta contra a evasão fiscal através do congelamento de ativos dos sonegadores que vivem em países comunitários.
Fonte: Prensa Latina