Conticom-CUT
Na segunda-feira (17) os 15 mil trabalhadores terceirizados que atuam nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), fizeram uma assembleia para avaliar a contraproposta patronal, enviada ao sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Gonçalo, Itaboraí e Região no domingo (16) à noite.
Durante a assembleia foi aprovada a proposta de 9% de reajuste linear em todos os salários, aumento no benefício de vale alimentação, que passou de R$360 para R$410, além de um vale alimentação adicional uma vez no ano. Os dias parados serão divididos em três partes, uma paga pelos trabalhadores, outra paga pela a empresa e uma terceira ficará também com as empresas, caso não haja greve até janeiro do ano que vem.
As empresas se comprometeram também a pagar o vale alimentação, que estão devendo aos trabalhadores mais o vale adicional e a participação nos lucros e resultados até esta sexta-feira, além de cumprir com as deliberações de aumento de piso de algumas funções que estavam defasados, entro outros termos acordados anteriormente.
Para Claudio da Silva Gomes, presidente da Conticom, “apesar dos 40 dias de greve o resultado foi positivo para os trabalhadores e ajuda nas demais negociações salariais que tenham a Petrobrás como contratante. O aumento real de salário foi o maior no setor até agora”.
Na quarta-feira (12) da semana passada os trabalhadores haviam feito uma caminhada de 18 km em protesto contra os patrões, que não haviam feito uma contraproposta decente. Os trabalhadores tinham decidido voltar ao trabalho por conta da decisão judicial da semana anterior, fazendo uma caminhada em protesto na RJ-116. Mas quando chegaram ao portão do Complexo foram recebidos pela PM de forma truculenta, inclusive com bombas de gás lacrimogêneo. O Comperj não disponibilizou ônibus nem na quinta e nem na sexta-feira para os trabalhadores voltarem às obras.
Após o término da assembleia os operários voltaram ao trabalho.