Rede Brasil Atual
Os trabalhadores do sistema Eletrobras, em greve há dez dias, se reúnem nesta quarta-feira (24) às 14h, em Brasília, para discutir os próximos passos do movimento. A estimativa é que 90% dos 27 mil trabalhadores das 14 empresas que compõem o sistema de geração, transmissão e distribuição de energia, estejam aderindo ao movimento. Os funcionários estão trabalhando em turnos para garantir o fornecimento de energia aos consumidores, mas ameaçam parar com essa manutenção caso a empresa não apresente uma nova data para negociação.
“Entendemos que deve haver um diálogo e estamos mantendo a troca dos operadores e manutenção, mas se as negociações não avançarem vamos deixar de fazer essa troca e o próprio sistema vai começar a ter dificuldades, o que pode trazer consequências mais graves”, disse à Radio Brasil Atual o presidente do Sindicato dos Eletricitários de Campinas e da Federação dos Urbanitários do Estado de São Paulo, Gentil Teixeira de Freitas.
Segundo o dirigente, a Eletrobras propõe um acordo salarial com validade para dois anos. “Não temos dificuldade para fazermos um acordo com essa duração, mas para isso precisamos estabelecer uma reajuste salarial com aumento real, abonos e direitos com compensações para dois anos também.”
A categoria reivindica reposição da inflação mais 3% de aumento real, o que representa atualmente um índice próximo de 10%. A Eletrobras oferece 6,49%, correspondente ao IPCA-IBGE acumulado de maio de 2012 a abril deste ano. Também pedem auxílio-educação, revisão no Plano de Cargos, fortalecimento do setor elétrico estatal, extensão de plano de saúde aos aposentados. A data-base é 1º de maio.
No último dia 17 os trabalhadores estiveram reunidos com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que se comprometeu a encaminhar a pauta econômica ao Planejamento.