FNU
Foi realizada na tarde desta quarta-feira, dia 17 de julho, em Brasília, a audiência com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O encontro foi importante do ponto de vista político, mostrando que a força do movimento grevista em todas as empresas da Holding tem repercutido em setores importantes do Governo Dilma. A reunião não apresentou nenhum avanço significativo, porém, o ministro Lobão, em sua fala, se mostrou totalmente contrário a judicialização do acordo, ou seja, o dissídio coletivo. Segundo ele existe espaço para se discutir o ACT sem se utilizar deste recurso.
Outro ponto de destaque foi o compromisso de Lobão de encaminhar a pauta econômica da categoria para a Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ainda essa semana. Segundo o Ministro se houver uma sinalização positiva, imediatamente será retomada a negociação com os trabalhadores.
A FNU e o CNE foram representados na reunião pelos companheiros Fernando Pereira, Boréu (STIU-DF) e a companheira Fabíola Antezana (STIU-DF), por parte da Holding estiveram presentes o diretor de administração, Miguel Colassuono e o relações sindicais, Maurício Joseph .Os representantes dos trabalhadores em suas intervenções reafirmaram a defesa da pauta dos trabalhadores, através do ganho real, manutenção de direitos e contra a proposta de retomada da CCE-09 para os novos trabalhadores que ingressarem no Sistema Eletrobras.
Os representantes do CNE (Coletivo Nacional dos Eletricitários) e da FNU foram acompanhados na audiência pelo deputado federal Paulão (PT-AL), também urbanitário, e pela deputada federal Érica Kokay (PT-DF). Todos os parlamentares se colocaram à disposição das entidades para ajudarem no que for preciso nas discussões com o Governo Dilma.
O CNE e a FNU avaliam que a via política é um caminho importante para retomar as negociações do ACT, nesse sentido, está trabalhando para ampliar as interlocuções junto ao governo para buscar audiência com a presidenta Dilma nos próximos dias.
O Coletivo orienta aos trabalhadores para que continuem mobilizados, até que haja concretamente alguma mudança nas discussões. Neste momento será fundamental uma maior presença dos companheiros do setor de operação, intensificando sua mobilização junto à categoria. Esse é um momento chave da luta, que deve se manter forte, como tem sido até aqui.
Lembrem-se: a luta é de todos! A greve continua!