Ato em Brasília encerra greve nacional dos professores do ensino público

Rede Brasil Atual

Depois de três dias de paralisação, que terminaram hoje (19) com um ato diante do Congresso Nacional, representantes dos trabalhadores do ensino público esperam ser recebidos pela presidenta Dilma Rousseff. A manifestação reuniu 2,5 mil pessoas, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A entidade estima que a adesão à greve atingiu 65% da categoria, o que representa cerca de 2 milhões de educadores.

Os professores reivindicam o cumprimento da Lei do Piso (nº 11.738, de 2008), que determina que 33% da jornada seja cumprida com atividades fora da sala de aula. Eles acreditam que isso pode dar início a um processo de valorização dos trabalhadores em educação. Segundo dados de março de 2013, divulgados pela CNTE, dos 26 estados da União a lei é cumprida integralmente apenas no Acre, Ceará e Tocantins, além do Distrito Federal.

A manifestação dos professores também ocorreu pela destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública. Para isso, os sindicalistas defendem a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), de acordo com o texto aprovado pela Câmara, em 2012, para "investimento público em educação" e não conforme o texto alterado pelo Senado, que traz a obrigação de investimentos "em educação pública".

"Nossa luta é em defesa da escola pública, de uma escola digna para a população brasileira. A escola pública precisa ser tratada com respeito e investimento porque é uma escola aberta a todos", disse o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão.

Durante evento em Brasília, o ministro da Educação, José Henrique Paim, afirmou que espera a aprovação do PNE até o mês que vem. "Esperamos que ele seja aprovado rapidamente e que os municípios se apropriem do seu conteúdo. O Congresso está trabalhando na direção de aprovar até o mês de abril."