‘Os petroleiros têm legitimidade para defender o pré-sal, a Petrobrás e o Brasil’, afirma coordenador da FUP

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No ato desta segunda, 15, em defesa do pré-sal e da Petrobrás, o coordenador da FUP, José Maria Rangel, ressaltou que a manifestação organizada pelos petroleiros em conjunto com as centrais sindicais e movimentos sociais era em defesa principalmente do Brasil. "Nós que estamos hoje nas ruas para defender a Petrobrás, o pré-sal e o Brasil, nós temos legitimidade, que poucos segmentos da sociedade têm", destacou José Maria.

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"Nós saímos às ruas primeiro para criar a Petrobrás. O povo brasileiro foi às ruas entendendo a importância que era ter uma empresa de petróleo", lembrou o coordenador da FUP, referindo-se à campanha "O petróleo é nosso". "Nós, empregados da Petrobrás, próprios e terceirizados,  nós temos que bater no peito e ter orgulho de trabalhar nesta empresa, porque fomos nós que construímos essa sabedoria, essa inteligência que a nossa empresa tem e que as outras empresas operadoras nos invejam", frisou José Maria.

"Nós do movimento sindical também temos legitimidade para defender a Petrobrás porque nós fomos às ruas enfrentar o governo tucano quando ele, depois de uma greve de 30 dias, nos aplicou uma multa milionária, que tinha como objetivo aniquilar o movimento sindical", destacou o coordenador da FUP, lembrando os ataques do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1995, após a greve da categoria, em maio daquele ano. Ele ressaltou que a solidariedade de classe foi fundamental naquele momento e sinalizou para o governo tucano que não haveria trégua.  "Os trabalhadores dos outros sindicatos ajudaram a manter os sindicatos dos petroleiros firmes para o enfrentamento com o tucanato", declarou.

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Ao lado do ex-presidente Lula, José Maria Rangel ressaltou que os petroleiros lutaram muito por um novo projeto de país, "um projeto que espelhasse a esperança de milhões de brasileiros e que nós tivemos a coragem de eleger este operário presidente da nossa nação, contrariando a todos os interesses", ressaltou. "Nós então temos a legitimidade de fazer esse ato porque quando esse operário foi eleito, a nossa empresa caminhava para a entrega, a nossa empresa caminhava para ser privatizada, a nossa empresa tinha acabado de ter um acidente onde morreram 11 trabalhadores, onde afundaram uma plataforma", declarou.

José Maria lembrou que o atual ministro do Tribunal de Contas da União, José Jorge, relator da investigação da compra da refinaria de Pasadena era no governo de FHC ministro das Minas e Energia naquele momento. "Foi na gestão dele que a P-36 afundou, que a Petrobrás promoveu a troca de ativos que resultou na entrega de 30% da Refap para a Repsol", ressaltou.

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Ele encerrou sua falação, convocando a militância e os trabalhadores a continuarem defendendo o projeto de desenvolvimento em curso no país. "Tenho certeza de que essa multidão que está aqui vai sair ainda mais energizada para defender a continuidade de um projeto que não é meu, que não é do Lula, que não é da CUT, é um projeto nosso, de transformar a sociedade e nós vamos conseguir isso", declarou sob aplausos dos manifestantes. "Vamos dar um não ao retrocesso, um não àqueles que querem entregar a nossa empresa", convocou José Maria, fazendo uma provocação: "Os tucanos, nós já sabemos como eles agem e aquela que está agora do lado do empresariado, dos banqueiros, está se desnudando a todo instante com um projeto que visa entregar tudo pro capital internacional e nós não vamos permitir", declarou, referindo-se à candidata do PSB, Marina Silva.

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Fonte: FUP