Com Lula, metalúrgicos do ABC inauguram centro de formação profissional

Rede Brasil Atual

Na inauguração da Escola Livre de Formação Integral “Dona Lindu”, na noite de ontem (5), na subsede de Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que ainda hoje segue o exemplo de sua mãe em sua vida cotidiana. “O legado que minha mãe deixou foi o legado da coragem, da ousadia e da confiança”, disse.

Ao agradecer pela escolha do nome de sua mãe para batizar o centro de formação, que tem apoio técnico do Senai e Instituto Federal São Paulo, Lula ressaltou o caráter transformador da iniciativa. “Minha mãe nasceu e morreu analfabeta. E eu tinha a dimensão do que significava para ela ter um filho formado torneiro-mecânico”, lembrou.

Para uma plateia de aproximadamente 200 trabalhadores, sindicalistas e políticos, Lula destacou que foi durante os seus governos que o ensino técnico teve destaque na agenda pública como política de educação da União. “Eu fui o presidente que mais fez universidades e escolas de ensino técnico no Brasil. E falo isso de boca cheia”, afirmou, destacando que atualmente o governo federal mantém 15 universidades e 290 escolas técnicas.

A meta da entidade, ao abrir a nova escola, é aprimorar a formação e a qualificação de 5 mil trabalhadores por ano, segundo o presidente do sindicato, Rafael Marques. “A categoria cobrava muito a inauguração desta escola, que é a realização de um sonho. Nossa meta é que esta sede do sindicato se transforme em um grande centro de educação”, disse.

A primeira unidade de ensino da entidade foi fundada em 1973 por Lula, fato lembrado pelo ex-presidente em seu discurso. “Eu fui diretor de uma escola que tinha 900 marmanjos”, brincou.

Mandela

Lula também  homenageou o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, que morreu poucas horas antes do início da cerimônia, aos 95 anos. “O grande legado do Mandela foi fazer com que o povo negro da África do Sul descobrisse que não tinha sentido a minoria branca governar o país. Aconteceu a mesma coisa comigo, e com o Evo Morales (presidente da Bolívia). Eu lembro de mim pensando nas campanhas, porque os trabalhadores não acreditavam na minha candidatura. Demorou 12 anos para eu convencer a maioria dos trabalhadores que tínhamos competência para governar o Brasil”, exclamou.

Lula lembrou que conheceu Mandela em Cuba, em 1994, quando participou de celebrações do dia 1° de Maio, ao lado do líder cubano Fidel Castro. “Com a morte do Mandela, o mundo perdeu uma das figuras mais extraordinárias”, reforçou.