Prossegue nesta quarta-feira, dia 03, a audiência de conciliação que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) iniciou no último dia 18, em função do Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica ingressado pela Petrobrás para tentar intervir nos resultados das ações ganhas pelos seus sindicatos e que garantem o pagamento correto da RMNR. A sessão desta quarta será novamente coordenada pelo vice-presidente do TST, ministro Ives Gandra, e está prevista para ter início às 09 horas. n
A expectativa da FUP e de seus sindicatos é de que a empresa apresente uma proposta para resolver o impasse criado, já que a última audiência, a Petrobrás, em vez de apresentar uma proposta, tentou ganhar tempo, distorcendo a realidade econômica da grande maioria dos trabalhadores.
Petrobrás distorceu informações na audiência passada
A audiência do dia 18 foi marcada pelas tentativas da Petrobrás para reafirmar a forma distorcida com que pratica a RMNR. A empresa também tentou desqualificar o Adicional de Periculosidade, propondo uma fórmula que reduz o pagamento para quem atua nas áreas operacionais. Como se não bastasse isso, a Gerência de RH ainda apresentou ao ministro do TST algumas remunerações que, segundo os gestores, têm um impacto relevante na folha de pagamento da Petrobrás.
Na realidade, a empresa pinçou algumas das maiores remunerações que pratica e majorou o valor pelo teto com quantidades inaceitáveis de horas extras. Ou seja, a Petrobrás criou a RMNR, à revelia das cobranças da FUP de aplicação correta do Adicional de Periculosidade, e agora usa de má fé para tentar se esquivar do problema.
O TST cobrou que a empresa apresentasse uma planilha com todas as faixas remuneratórias de seus trabalhadores, com e sem horas extras, incluindo o número de funcionários em cada faixa. O ministro do TST também cobrou da Petrobrás uma proposta para resolver as ações judiciais em tramitação e as já transitadas em julgado.
Fonte: FUP