Liminar movida pelo Sindicato dos Eletricitários de Campinas contra a terceirização da empresa CPFL Energia será julgada amanhã (29). A ação, impetrada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, cobra que a empresa volte a ter o serviço de atendimento ao cliente apenas com trabalhadores do quadro próprio. A corporação está instalada em cidades do interior de São Paulo, como Araraquara e Campinas.
O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Campinas, Gentil Teixeira de Freitas, afirma que a luta da categoria é antiga, data de 1998, quando se iniciou o processo de privatização da empresa. Em 2000, os trabalhadores fizeram um acordo judicial, descumprido pela empresa em 2009, tendo demitido cerca de 250 trabalhadores antigos, do quadro próprio, para contratar mão de obra terceirizada.
Segundo Freitas, entre 2000 e 2009, a empresa criou dois pontos de call center nas cidades de Ourinhos e Araraquara, ambos envolvendo cerca de 900 funcionários. Nesse período, houve precarização dos serviços. “O call center de Campinas tinha um salário médio aos trabalhadores do quadro próprio de R$ 1.280. Com a terceirização passou a pagar, nas outras cidades, R$ 700 . O vale-refeição, que era de R$ 700, passou a ser de R$ 280”, relatou à Rádio Brasil Atual.
O Sindicato acredita que as reivindicações serão recebidas positivamente no julgamento. Na pauta também está a reabertura do call center de Campinas, fechado em 2010. Para o presidente, se a decisão for favorável aos trabalhadores, será uma vitória importante do movimento sindical.